Notícia
Sonae Sierra quer abrir centro comercial na Colômbia
O presidente executivo da empresa detida pelo grupo Sonae disse ao "Diário Económico" que está a analisar a abertura de um centro comercial na Colômbia.
A Sonae Sierra pretende anunciar um centro comercial na Colômbia em 2013. Já presente no mercado colombiano com uma empresa de prestação de serviços, a companhia que faz parte do universo Sonae quer agora estabelecer-se no país da América do Sul com um centro comercial.
“O conhecimento que temos vindo a adquirir sobre este mercado faz com que acreditemos que o mesmo tem potencial e apresenta oportunidades para a Sonae Sierra vir a desenvolver centros comerciais próprios no médio prazo”, indicou numa entrevista ao “Diário Económico”, o presidente executivo da Sonae Sierra, Fernando Guedes Oliveira. "Gostaríamos de anunciar um investimento neste mercado ainda em 2013".
Estão em cima da mesa “várias possibilidades de negócio”, sendo que, na entrevista, Guedes Oliveira não esclarece se o objectivo de investir num centro comercial em 2013 será cumprido enquanto promotor, gestor ou noutra modalidade.
“A Colômbia tem 20 cidades de dimensão relevante e outras oito de grande dimensão, pelo que muitas delas oferecem oportunidades para o desenvolvimento de novos centros”, acrescenta o CEO da Sonae Sierra, detida a 50% pela Sonae SGPS e a 50% pela britânica Grosvenor.
Presente em Portugal, por exemplo através do Colombo, em Lisboa, e do NorteShopping, no Porto, e noutros países como Marrocos, Grécia ou Brasil, a Sierra entrou na Colômbia em 2010 através da Sierra Central, onde tem uma participação de 50%. É com a Sierra Central que presta serviços na área dos centros comerciais naquele país e que tem feito com que a empresa tenha criado uma rede de contactos, segundo disse o seu presidente ao “Diário Económico”.
Para os analistas, a entrada na Colômbia com um centro comercial (e não só como prestação de serviços) é uma notícia com um impacto “neutral” para a “holding” Sonae. O BES Investimento refere que, apesar de ser “um outro passo na internacionalização da carteira de centros comerciais da Sierra”, a verdade é que não espera um impacto relevante na avaliação que faz à “holding” liderada por Paulo de Azevedo.
O BPI Equity Research salienta a importância que este passo tem do ponto de vista estratégico, dada a recente aposta em países emergentes (Marrocos, Argélia e Colômbia). Esta é, segundo indicam os especialista da casa de investimento do BPI, uma forma de transferir os recursos humanos que a empresa tem em algumas operações com menos níveis de actividade, de obter "retornos interessantes" e com menos capital.
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de “research” emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de “research” na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.
(Notícia rectificada às 16h24: O anúncio de investimento na Colômbia é que será feito em 2013 e não a concretização do investimento, como estava, por lapso, no primeiro parágrafo)