Continuam a surgir mais sinais de abrandamento nos preços do imobiliário, sobretudo na capital do país. Os dados da avaliação bancária das casas, no âmbito da concessão de crédito à habitação, mostram que é em Lisboa onde se denota uma travagem mais evidente, enquanto no Porto foi atingido um novo recorde.
O relatório publicado na terça-feira, 29 de outubro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), mostra que o valor médio a que os bancos avaliam as casas no âmbito do crédito à habitação fixou um novo máximo em setembro. Atingiu 1.299 euros por metro quadrado na média nacional, o que representa um aumento de 0,9% face a agosto (11 euros) e 7,8% contra setembro de 2018.
Se a tendência geral é ainda de aumento da avaliação bancária das casas (em termos homólogos e em cadeia), na capital já é notória uma inversão de tendência.
Depois do máximo de 2.254 euros por metro quadrado atingido em Lisboa em maio, a avaliação bancária na média do município desceu todos os meses. Em setembro situava-se em 2.188 euros por metro quadrado, o que comparando com setembro do ano passado representa um aumento de apenas 2,7%.
Esta quinta-feira o INE revelou a evolução dos preços a que as casas estão a ser vendidas no segundo trimestre, sendo que em Lisboa a tendência continua a ser de alta. O preço por metro quadrado foi de 3.154 euros entre abril e junho, o que compara com 3.111 euros no primeiro trimestre e 2.753 euros no mesmo período de 2018.
Quanto aos restantes municípios onde a avaliação bancária é mais elevada (acima de 2 mil euros po metro quadrado), a tendência continua a ser de subida. Em Cascais subiu pelo terceiro mês e está perto de máximos históricos, tal como acontece em Oeiras.
Destaque ainda para o Porto, onde a avaliação bancária das casas atingiu um recorde nos 1.915 euros por metro quadrado, 7,8% acima do período homólogo.
No mapa em cima pode ver a evolução dos últimos 12 meses da avaliação bancária dos municípios de áreas predominantemente urbanas.
Na análise por regiões a tendência de aumento da avaliação das casas é ainda mais notória, com os preços mais elevados a registarem-se na Grande Lisboa e Algarve.
No que diz respeito às variações da avaliação bancária, as mais acentuadas registam-se no Norte e na Grande Lisboa.