A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) propôs ao seu conselho tarifário um aumento de 3,9% nas tarifas transitórias de gás natural, a aplicar a partir de Julho para  os clientes que ainda não tenham migrado para o mercado liberalizado. A excepção vai para os beneficiários da tarifa social, cuja subida tarifária se limita a 0,9%.

A proposta da ERSE será agora apreciada pelo seu conselho tarifário. O organismo, onde estão representados os comercializadores, bem como associações de consumidores, emitirá o seu parecer até 15 de Maio. O regulador aprova as tarifas finais até 15 de Junho.

“As principais determinantes da variação tarifária da presente proposta são os custos de aprovisionamento de energia e os custos de acesso às infraestruturas reguladas”, explica a ERSE. O regulador lembra que  os custos de acesso são suportados por todos os comercializadores, pelo que acabarão por afectar todos os clientes finais, mesmo que tenham contrato no mercado liberalizado.

Segundo a ERSE, a “recente estagnação” do preço do petróleo, ao qual o gás natural está normalmente indexado, ainda não teve impacto nos preços do gás para fornecimento a partir de Julho, preços esse que ficam afectados pelo “crescimento registado no final do ano de 2012”. Por outro lado, as tarifas de acesso à rede de 2013 terão de acomodar uma parte do desvio tarifário registado em 2011 por efeito de uma quebra do consumo de gás natural.

A factura média mensal, estima a ERSE, deverá aumentar 0,39 euros no perfil de consumo de um casal sem filhos, ou 0,80 euros para uma família com quatro pessoas.