Notícia
Sines poderá reexportar gás natural para a Europa ainda em 2022
De acordo com Tiago Antunes, secretário de Estado dos Assuntos Europeus, esta solução de curto prazo, que passa pela utilização do porto de Sines para abastecer a Europa de gás natural, poderá estar pronta em breve.
01 de Setembro de 2022 às 09:40
O Porto de Sines poderá começar a reexportar gás natural para o centro e norte da Europa ainda durante o ano de 2022. De acordo com Tiago Antunes, secretário de Estado dos Assuntos Europeus, esta solução de curto prazo, que passa pela utilização do porto de Sines para abastecer a Europa de gás natural através de navios metaneiros mais pequenos poderá estar pronta em breve, avança o Público esta quinta-feira.
Já o gasoduto que a Alemanha quer construir para ligar a Península Ibérica à Europa Central "levará alguns anos a concretizar, diz o governnate.
Em vez disso, o Governo acredita que "a muito curto prazo, num espaço de poucos meses, é possível montar a operação" que permitirá reexportar gás natural para o resto da Europa desde o porto de Sines e através do transbordo (o chamado transshipment) de gás natural liquefeito (GNL) via "barcos mais pequenos".
"O porto de Sines, pela sua localização geográfica estratégica, pode ter um papel muito importante na diversificação das fontes de abastecimento de gás para o centro da Europa", disse o governante em declarações à margem da escola de Verão da representação da Comissão Europeia em Portugal, nos Açores.
Em maio, o Negócios tinha já avançado que seria criado no Porto de Sines um novo "hub" de reexportação de gás natural liquefeito (GNL), com conversações de alto nível em Bruxelas para apoiar a Alemanha nas suas reservas de gás para o próximo inverno e ajudar a garantir uma reposição de 30%.
Quanto ao plano para Portugal se tornar num país reexportador de gás, este terá um custo de cerca de 35 milhões de euros, a vários anos, e é composto por várias etapas.
A mais demorada será a construção de um novo depósito de gás no Terminal da REN - Redes Energéticas Nacionais, o que poderá demorar até dois anos e custará cerca de 30 milhões de euros, sabe o Negócios. Neste momento existem três tanques de armazenamento com uma capacidade comercial de 390.000 de metros cúbicos de GNL.
No entanto, o projeto começará em breve por uma solução de mais curto prazo: a otimização da capacidade de operação "navio a navio" do maior porto de águas profundas do país, que deverá exigir um primeiro investimento de cerca de 4,5 milhões de euros. Com introdução desta nova tecnologia "ship-to-ship", em cais do Terminal de GNL, com defensas flutuantes, ou com utilização de dois cais de acostagem, no espaço de seis meses Portugal poderá estar já a enviar navios metaneiros de pequena dimensão com gás natural liquefeito para o resto da Europa.
Já o gasoduto que a Alemanha quer construir para ligar a Península Ibérica à Europa Central "levará alguns anos a concretizar, diz o governnate.
"O porto de Sines, pela sua localização geográfica estratégica, pode ter um papel muito importante na diversificação das fontes de abastecimento de gás para o centro da Europa", disse o governante em declarações à margem da escola de Verão da representação da Comissão Europeia em Portugal, nos Açores.
Em maio, o Negócios tinha já avançado que seria criado no Porto de Sines um novo "hub" de reexportação de gás natural liquefeito (GNL), com conversações de alto nível em Bruxelas para apoiar a Alemanha nas suas reservas de gás para o próximo inverno e ajudar a garantir uma reposição de 30%.
Quanto ao plano para Portugal se tornar num país reexportador de gás, este terá um custo de cerca de 35 milhões de euros, a vários anos, e é composto por várias etapas.
A mais demorada será a construção de um novo depósito de gás no Terminal da REN - Redes Energéticas Nacionais, o que poderá demorar até dois anos e custará cerca de 30 milhões de euros, sabe o Negócios. Neste momento existem três tanques de armazenamento com uma capacidade comercial de 390.000 de metros cúbicos de GNL.
No entanto, o projeto começará em breve por uma solução de mais curto prazo: a otimização da capacidade de operação "navio a navio" do maior porto de águas profundas do país, que deverá exigir um primeiro investimento de cerca de 4,5 milhões de euros. Com introdução desta nova tecnologia "ship-to-ship", em cais do Terminal de GNL, com defensas flutuantes, ou com utilização de dois cais de acostagem, no espaço de seis meses Portugal poderá estar já a enviar navios metaneiros de pequena dimensão com gás natural liquefeito para o resto da Europa.