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Rússia não reativou gasoduto Nord Stream

O grupo russo Gazprom concretizou o anúncio feito na sexta-feira e não retomou o fluxo de gás esta madrugada, conforme inicialmente previsto.

03 de Setembro de 2022 às 12:15
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O grupo russo Gazprom concretizou o anúncio feito na sexta-feira de que suspenderia, até novo aviso, o fornecimento à Europa através do gasoduto Nord Stream e não retomou o fluxo de gás esta madrugada, conforme inicialmente previsto.

Segundo dados operacionais recolhidos pela Nord Stream AG, empresa gestora da infraestrutura, com sede na Suíça, todas as indicações para cada faixa horária durante o dia de hoje estão a zero.

A Gazprom, que controla o gasoduto que liga a Rússia à Alemanha sob o Mar Báltico, cumpre assim o anúncio feito na sexta-feira de que pararia "completamente" o fornecimento de gás através do Nord Stream devido a "fugas de óleo" detetadas numa turbina durante a operação de manutenção da única unidade compressora que ainda estava em funcionamento.

Devido a esta operação de manutenção, o gasoduto -- vital para os fornecimentos à Europa - deveria ter ficado inativo durante três dias e retomar hoje a operação, pelas 04:00 de Moscovo (01:00 GMT).

Esta retoma seria feita nos níveis anteriores, ou seja, a 20% da sua capacidade, ou 33 milhões de metros cúbicos por dia, algo que não acabou agora por não acontecer, com a Rússia a alegar que a fuga de óleo não garante uma operação segura.

Segundo assegura a Gazprom, a eliminação completa das fugas de óleo na turbina "só é possível" numa fábrica especializada do fornecedor alemão Siemens.

No entanto, a empresa alemã garantiu que não há motivos técnicos para parar o gasoduto, pois normalmente esse tipo de fugas não afeta o funcionamento de uma turbina e pode ser vedado 'in loco', numa operação de rotina.

Da mesma forma, a União Europeia também não acredita no motivo avançado para o corte de gás, classificando-o como uma "falácia".

A Gazprom tem reduzido o gás fornecido via Nord Stream nos últimos meses e em julho já tinha feito trabalhos de manutenção durante 10 dias, tendo depois retomado as entregas com um nível mais limitado.

No contexto de guerra na Ucrânia, a energia tem estado no centro de um braço-de-ferro entre Moscovo e os países ocidentais, que acusam a Rússia de utilizar o gás "como uma arma".
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