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Preços grossistas da luz batem recordes pela terceira vez em agosto

O jornal espanhol El País alerta que a onda de calor que está prevista em Espanha, e que deverá começar esta quarta-feira, induz a que os preços se mantenham em alta.

Os grandes consumidores de energia reclamam medidas urgentes para atenuar o efeito do aumento do preço da eletricidade.
Cátia Barbosa
Ana Batalha Oliveira anabatalha@negocios.pt 11 de Agosto de 2021 às 14:00

Os preços a que os comercializadores compram a eletricidade que vendem, os chamados preços grossistas, fixaram-se nos 113,99 euros por megawat-hora (MWh) esta quarta-feira, atingindo desta forma um novo máximo histórico – o terceiro preço registado em agosto que merece o título de mais alto de sempre.

Os 113,99 euros vêm destronar os 111,86 euros por MWh registados na segunda-feira, e que por sua vez se haviam tornado os mais altos depis de superarem o recorde de domingo, em que o preço médio diário chegou aos 106,74 euros por MWh.

O jornal espanhol El País alerta que a onda de calor que está prevista em Espanha, e que deverá começar esta quarta-feira, aponta para que os preços se mantenham em alta. Isto porque o maior uso de ar condicionado e o pouco vento para ser utilizado na produção de eletricidade deverão pressionar os mercados grossistas, onde os preços são definidos a nível ibérico. 

Os contratos futuros para esta quinta-feira marcam os 110 euros por MWh e os 105 euros por MWh na sexta-feira, contando algum alívio no fim de semana, período no qual os valores descem dos 100 euros, segundo os dados do OMIP, o pólo português do operador do mercado ibérico de energia, responsável pela plataforma de negociação. 

A pressão da onda de calor deverá assim juntar-se aos "problemas do costume", que têm levado a sucessivos recordes nos preços. Em causa estão os preços elevados das licenças de emissão de carbono e os do gás natural, que dispararam desde o início do ano e também não se prevê que aliviem no curto-prazo.

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