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Lucros da Galp caem 13% no primeiro trimestre e falham estimativas

A empresa fechou o primeiro trimestre com um resultado líquido de 26 milhões de euros, abaixo do esperado pelos analistas consultados pela Bloomberg.

A gestora alemã comprou à Galp 75% da Galp Gás Natural Distribuição.
Pedro Zenkl
26 de Abril de 2021 às 07:12
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A Galp fechou o primeiro trimestre deste ano com lucros de 26 milhões de euros, uma queda de 13% face ao resultado líquido de 29 milhões obtido no período homólogo de 2020.

O resultado fica aquém das estimativas dos analistas consultados pela Bloomberg, que apontavam para lucros de 48,3 milhões de euros.

Em comunicado enviado à CMVM, a petrolífera informa que o resultado líquido RCA, que exclui efeitos de ‘stock’ e eventos não recorrentes, fixou-se em 26 milhões, enquanto o resultado líquido IFRS melhorou, passando de perdas de 257 milhões no primeiro trimestre do ano passado para um resultado positivo de 161 milhões no mesmo período deste ano.

Entre janeiro e março deste ano, as contas da empresa liderada por Andy Brown foram beneficiadas sobretudo pelo segmento de upstream, cujo EBITDA cresceu 53%, em termos homólogos, para 438 milhões de euros.

A subida deveu-se à valorização do petróleo durante este período, que ajudou a desvalorização do dólar face ao euro e a queda de 5% na produção, que foi impactada "por restrições operacionais e logísticas offshore".

No segmento da refinação e distribuição, o EBITDA foi de -6 milhões, um decréscimo de 96% em termos homólogos, "impactado pela contribuição negativa da refinação, refletindo o contexto desfavorável de margens de refinação, e pela menor contribuição do Midstream, no seguimento de restrições relacionadas com o aprovisionamento de gás natural, de efeitos negativos relacionados com o desfasamento das fórmulas de pricing de produtos petrolíferos, e do acréscimo de custos de regaseificação em Portugal", segundo explica a Galp.

Já no segmento comercial, foi registado um decréscimo de 23% para 69 milhões de euros, devido à redução das vendas de produtos petrolíferos e gás natural, em consequência das medidas de confinamento.

Entre janeiro e março, o cash flow operacional ajustado da Galp aumentou 46% para 445 milhões de euros e geração de FCF atingiu os 175 milhões, ou 518 milhões incluindo 343 milhões de receitas provenientes da venda da participação na GGND (Galp Gás Natural Distribuição, S.A.), que foi concluída durante o trimestre.

Neste período, o investimento da petrolífera cresceu 23% para 178 milhões de euros, enquanto a dívida líquida subiu 4% para 1.552 milhões de euros.




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