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Union Fenosa quer crescer em Portugal através de alianças estratégicas
A Union Fenosa tem uma estratégia crescimento no mercado português de longo prazo. Além de querer manter-se em Portugal como comercializador no mercado livre de electricidade, a espanhola quer estabelecer alianças com empresas portuguesas com interesses n
A Union Fenosa tem uma estratégia crescimento no mercado português de longo prazo. Além de querer manter-se em Portugal como comercializador no mercado livre de electricidade, a espanhola quer estabelecer alianças com empresas portuguesas com interesses no sector energético e está atenta a oportunidades de aquisição.
"Apesar de o mercado livre estar em crise, estamos em Portugal com um ânimo de permanência", afirmou hoje o administrador Luís Díaz López, durante uma intervenção no VI Fórum de Energia organizado pelo "Diário Económico".
O gestor salientou que "a nossa politica é para estar muito tempo em Portugal e não uma aventura pontual".
No contexto do mercado ibérico, um dos objectivos da UF é ter produção de energia em Portugal. Falhadas as tentativas de conseguir geração a partir das eólicas, a empresa está agora interessada nas centrais hidroeléctricas que vão ser construídas.
"Estamos a estudar parcerias com empresas para as centrais hídricas, mas não existem negociações", revelou Dias López aos jornalistas, à margem da conferência.
"Não tivemos sorte no concurso eólico para os 1.500 megawatts (MW) lançado pelo Governo, nem participámos nas centrais de ciclo combinado, mas estamos muito interessados no concurso que vai ser lançado para 1.100 MW de energia hídrica", explicou o gestor espanhol.
A Union Fenosa e a Enel (EUFER) integraram o consórcio Ventonorte, com a WPD e a Suzlon Energy, para o concurso de 1500 MW de potência eólica, atribuída aos consórcios da EDP e Galp Energia, as fases A e B, respectivamente.
Quanto ao concurso das centrais de ciclo combinado (CCGT), a eléctrica espanhola nunca chegou a concorrer, alegadamente por ter duas centrais com essa tecnologia perto da fronteira com Portugal.
A presença no mercado português insere-se no plano estratégico da Union Fenosa para 2007-2011, que tem por objectivo "multiplicar por dois" os lucros da empresa. A empresa tem um plano de expansão até 2011 (plano Bigger) cujo objectivo é alcançar um lucro de 1.200 milhões de euros, ou seja, duplicar os resultados de 2006.
Para isso, a UF pretende crescer por via orgânica, aquisições e alianças estratégicas, à semelhança das que já tem, por exemplo, com os italianos da Enel e ENI.
"Vamos fazer isso mediante pequenas aquisições e alianças", revelou, salientando que "estamos atentos a todas as oportunidades no mercado ibérico. O grupo caracteriza-se por estabelecer alianças com grandes grupos no gás, na electricidade e nas renováveis", sublinhou.
Para já, a Fenosa não está "a olhar para nenhuma empresa em Portugal", garantiu possibilidade Díaz Lopez aos jornalistas.
Na actividade de comercialização, a UF tinha em Julho cerca de 450 clientes, segundo o relatório mensal do Mibel elaborado pela ERSE. Em termos de consumo, isto corresponde a 80% cenem Média Tensão (MT) e 20 por cento em Baixa Tensão (BT).