Fernando Ulrich diz que não está disponível para rever os termos de troca da proposta de fusão com o BCP, mas afirma que uma contraproposta do BCP será analisada.

No programa Prós e Contras, da RTP, o CEO do BPI, quando questionado pela jornalista Fátima Campos Ferreira se estaria disponível para rever os termos da oferta, respondeu que "não".

Justificou que a proposta "é excelente", pois permite a expansão do banco, aumentar a competitividade e a capacidade de investimento do banco. "Podemos fazer um banco muito melhor", afirmou.

Lembrou que o BPI não está a propor uma compra, mas sim uma fusão, na qual os acconistas do BCP ficarão com 70% do capital do Millennium BPI e os accionistas do BPI o restante.

Considerou que os valores de actividade dos dois bancos apontam para divisões mais favoráveis para o BPI.

Esta proposta "é incomensuravelmente melhor para os accionistas do BCP", face ao valor da OPA lançada pelo banco sobre o BPI. Para Ulrich, esta OPA "era muito pior" para os accionistas do BCP, que tinham de suportar um aumento de capital e arriscavam-se a ficar como Napoleão Bonaparte, que quando chegou a Moscovo, chegou lá e não encontrou o que esperava.

Apesar de recusar rever os termos de troca, Ulrich diz que uma eventual contraproposta da administração do BCP, "será analisada".

Mas não ao nivel económico, pois essa "está fundamentada". Quanto à queda das acções do BPI e subida do BCP, diz que é o mercado a funcionar.