Chumbada a privatização da TAP a Gérman Efromovich, o Governo vai agora procurar tornar a TAP uma empresa mais eficiente e com resultados mais favoráveis, de modo que a sua viabilidade fique assegurada.

“Tem de ser implementada uma estratégia de viabilidade da empresa a curto e médio prazo”, disse Maria Luís Albuquerque em entrevista à RTP.

Reconhecendo que a TAP tem dificuldades e que a legislação europeia impede o Estado de injectar capital na companhia aérea, a secretária de Estado do Tesouro afirmou que “temos que procurar que a TAP se torne mais eficiente e tenha melhores resultados”, sendo esta a “melhor forma de assegurar a viabilidade da empresa”.

Albuquerque desvalorizou os problemas de tesouraria da TAP, assinalando que quando uma empresa está num processo de venda ou de privatização, “bancos retraem-se um pouco”, daí a necessidade de intervenção da Parpública, com o empréstimo de curto prazo de 100 milhões de euros.

Questionada sobre se Efromovich apresentasse as garantias bancárias o negócio o empresário poderia ser retomado, a secretária de Estado afirmou que este “processo de privatização encerrou hoje”, uma vez que não tinham sido cumpridas as regras estabelecidas.

Esclareceu ainda que o dono da Avianca não apresentou as garantias para todo o pacote financeiro da proposta, que totalizava 1,866 mil milhões de euros.

Todo o refinanciamento da dívida da TAP “tem que ser assegurado”, lembrou Albuquerque. A proposta de Efromovich passava por garantir a dívida da TAP no valor de 1,5 mil milhões de euros, injectar mais de 300 milhões de euros no capital da companhia aérea e pagar 35 milhões de euros ao Estado português.