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Secil apresenta proposta para comprar cimenteira no Lobito

A Secil propôs ao Governo angolano a compra da cimenteira Encime, situada no Lobito, que envolve um investimento significativo no aumento da produção, disse ao Canal de Negócios, Pedro Queiroz Pereira.

28 de Outubro de 2003 às 08:23
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A Secil propôs ao Governo angolano a compra da cimenteira Encime, situada no Lobito, que envolve um investimento significativo no aumento da produção, disse ao Canal de Negócios, Pedro Queiroz Pereira.

Segundo o presidente da Semapa, que detém a Secil, a proposta surge na sequência do interesse da empresa portuguesa em aumentar bastante a produção de cimento, para responder ao forte crescimento da procura do mercado angolano.

Em causa poderá estar um investimento até cerca de 50 milhões de dólares (42,49 milhões de euros), a concretizar faseadamente e em função da evolução da procura. Dado o elevado montante em causa, a Secil optou por realizar uma proposta de compra da cimenteira que está a gerir há cerca de dois anos. O objectivo é reforçar a capacidade de produção no mercado angolano entre "50 a 70 mil toneladas por ano", especificou ao Canal de Negócios, Carlos Alves, presidente da Secil.

O grupo português assinou um acordo com o Governo angolano para assegurar a gestão da unidade durante 10 anos. Em 26 de Setembro de 2000, realizou-se a cerimónia de entrega à Tecnosecil da fábrica da Encime no Lobito.

A compra da cimenteira propriamente dita poderá representar um investimento de 10 milhões de dólares (8,49 milhões de euros). O Canal de Negócios soube que o negócio esteve para ser fechado durante esta visita oficial de Durão Barroso, mas não foi possível chegar a acordo em tempo útil. No entanto, "as negociações com o Governo angolano continuam", sublinhou Pedro Queiroz Pereira.

Em Angola, a Secil controla 70% da Tecnosecil, cujas vendas atingiram, em 2002, um total de 26,480 mil toneladas. As boas perspectivas para o mercado angolano, em particular, na região Sul, foram um suporte para a cimenteira investir num novo moinho de cimento, que permitirá aumentar a capacidade de produção para 180 mil toneladas/ano.

O investimento da nova cimenteira será realizado através desta participada angolana, que registou prejuízos de 310 mil euros em 2002. A fileira do cimento em Angola tem potencial de crescimento com as reaberturas e arranjos de vias de comunicação necessárias após um longo período de guerra.

A Secil está apostada neste mercado, tendo resolvido o diferendo que mantinha com Luanda, após a nacionalização de fábricas da empresa sem a devida compensação. "Está tudo resolvido. Fizemos um acordo e fomos compensados", destacou Carlos Alves.

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