Notícia
"Bolsa portuguesa tem maior potencial altista do que a espanhola"
Javier Barrio, responsável pelas vendas institucionais do BPI em Espanha, diz que falar de tendência para as bolsas em 2010 é difícil. "Creio que será um ano de sobe e desce, em que será fundamental haver uma boa selecção de títulos", afirmou em entrevista ao site espanhol "Invertia.com".
09 de Março de 2010 às 18:25
Javier Barrio, responsável pelas vendas institucionais do BPI em Espanha, diz que falar de tendência para as bolsas em 2010 é difícil. "Creio que será um ano de sobe e desce, em que será fundamental haver uma boa selecção de títulos", afirmou em entrevista ao site espanhol "Invertia.com".
Barrio prognostica um maior potencial de subida para a bolsa portuguesa do que para a espanhola face aos principais mercados europeus e aposta na compra de títulos quando ninguém os quer e na sua venda quando todos os cobiçam.
“Se fizermos uma análise técnica relativa ao longo prazo (desde a recuperação das bolsas em 2003) para o IBEX face aos principais índices europeus, vemos que o comportamento do índice espanhol foi espectacularmente superior. Nesse sentido, muito provavelmente a tendência futura será contrária para o IBEX. No caso do PSI-20, a correcção tão dura que teve em 2008 e o pior comportamento do que outros mercados em 2009 faz-nos crer que oferece um maior potencial face aos principais índices europeus”, comentou.
O responsável pelas vendas institucionais do BPI não acredita na “teoria da conspiração” contra os países periféricos da UE, mas assegura que para que a confiança nas bolsas ibéricas seja restaurada não pode continuar a ser dada uma imagem de improvisação e de descoordenação.
Segundo Barrio, o que faz falta para se devolver a confiança de investimento nos mercados ibéricos é “credibilidade”. “É preciso que a comunidade de investidores considere credíveis as medidas que forem anunciadas”.
As potenciais surpresas em Portugal
Para este responsável do BPI, os títulos portugueses que mais poderão trazer surpresas este ano são a EDP, Portugal Telecom, Galp Energia, Mota-Engil, Sonae SGPS, Portucel, Semapa, Altri, Jerónimo Martins ou Ibersol.
Em Espanha, os candidatos a oferecem surpresas são a Iberdrola, Gas Natural, Ferrovial, Acciona, OHL, Gamesa, Tecnicas Reunidas e Griflos, entre as maiores empresa, bem como a Codere, Jazztel, Europac, Tubos Reunidos ou Elecnor entre os títulos que não estão listados no índice Ibex-35.
Javier Barrio diz também que considerar o mercado em geral é complicado. “Há empresas excelentes e outras que, apesar de terem sido castigadas, não seria recomendável comprar. O sector financeiro continua a apresentar um elevado risco. Se falarmos das telecomunicações, tanto a Telefónica como a Portugal Telecom são excelentes companhias”, comentou ao “Invertia.com”.
No que diz respeito às eléctricas, Barrio prefere a EDP, “no contexto de baixos preços da ‘pool’” e a Gas Natural. Quanto às petrolíferas, tem preferência pela Galp sobre a Repsol, “pela sua maior exposição ao segmento de exploração e produção, principalmente em águas brasileiras”.
A nível das concessionárias de autoestradas, apresenta a Brisa como a aposta mais segura e a OHL como a mais arriscada, estando estas duas empresas entre as suas opções preferenciais.
“Entre os títulos mais pequenos, destaco vários valores portugueses: na pasta e papel, a Altri e Portucel; no retalho, a Sonae e a Jerónimo Martins; no consumo, a Ibersol, e na construção a Mota-Engil”, sublinha Barrio nesta entrevista.
Barrio prognostica um maior potencial de subida para a bolsa portuguesa do que para a espanhola face aos principais mercados europeus e aposta na compra de títulos quando ninguém os quer e na sua venda quando todos os cobiçam.
O responsável pelas vendas institucionais do BPI não acredita na “teoria da conspiração” contra os países periféricos da UE, mas assegura que para que a confiança nas bolsas ibéricas seja restaurada não pode continuar a ser dada uma imagem de improvisação e de descoordenação.
Segundo Barrio, o que faz falta para se devolver a confiança de investimento nos mercados ibéricos é “credibilidade”. “É preciso que a comunidade de investidores considere credíveis as medidas que forem anunciadas”.
As potenciais surpresas em Portugal
Para este responsável do BPI, os títulos portugueses que mais poderão trazer surpresas este ano são a EDP, Portugal Telecom, Galp Energia, Mota-Engil, Sonae SGPS, Portucel, Semapa, Altri, Jerónimo Martins ou Ibersol.
Em Espanha, os candidatos a oferecem surpresas são a Iberdrola, Gas Natural, Ferrovial, Acciona, OHL, Gamesa, Tecnicas Reunidas e Griflos, entre as maiores empresa, bem como a Codere, Jazztel, Europac, Tubos Reunidos ou Elecnor entre os títulos que não estão listados no índice Ibex-35.
Javier Barrio diz também que considerar o mercado em geral é complicado. “Há empresas excelentes e outras que, apesar de terem sido castigadas, não seria recomendável comprar. O sector financeiro continua a apresentar um elevado risco. Se falarmos das telecomunicações, tanto a Telefónica como a Portugal Telecom são excelentes companhias”, comentou ao “Invertia.com”.
No que diz respeito às eléctricas, Barrio prefere a EDP, “no contexto de baixos preços da ‘pool’” e a Gas Natural. Quanto às petrolíferas, tem preferência pela Galp sobre a Repsol, “pela sua maior exposição ao segmento de exploração e produção, principalmente em águas brasileiras”.
A nível das concessionárias de autoestradas, apresenta a Brisa como a aposta mais segura e a OHL como a mais arriscada, estando estas duas empresas entre as suas opções preferenciais.
“Entre os títulos mais pequenos, destaco vários valores portugueses: na pasta e papel, a Altri e Portucel; no retalho, a Sonae e a Jerónimo Martins; no consumo, a Ibersol, e na construção a Mota-Engil”, sublinha Barrio nesta entrevista.