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Participada da Brisa encaixa 100 milhões com aumento de capital

A Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) que completou, na sexta-feira passada, o aumento de capital que teve uma procura cinco vezes a oferta, quer cotar nos índices Morgan Stanley e no IBX50 de modo a atrair novos investidores e ganhar dimensão inter

20 de Maio de 2004 às 07:11
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A Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) que completou, na sexta-feira passada, o aumento de capital que teve uma procura cinco vezes a oferta, quer cotar nos índices Morgan Stanley e no IBX50 de modo a atrair novos investidores e ganhar dimensão internacional, explicou Arthur Piotti Filho, responsável pelo departamento de relações com os investidores numa apresentação na Bolsa de São Paulo.

A CCR pode mesmo entrar no MSI na próxima revisão do índice. A participada da Brisa cota no IBX100, as 100 acções com maior liquidez em São Paulo e espera agora ingressar no índice das maiores 50.

Para o próximo ano, a meta é cotar no Ibovespa, o principal índice da Bolsa de São Paulo, disse ao Jornal de Negócios Piotto. A Brisa a par dos restantes accionistas de referência decidiram não acompanhar este aumento de capital porque consideravam que vão beneficiar do crescimento que a empresa vai ter com a aplicação do encaixe de 375 milhões de reais (100 milhões de reais).

Assim, a Brisa passa a deter 17,90% do capital da maior concessionária de auto-estradas brasileira contra os anteriores 21,27%. A oferta inicial era de 300 milhões de reais, mas como a procura foi cinco vezes a oferta, a administração resolveu aumentá-la em 10%.

Os bancos responsáveis pela operação, o Pactual e a UBS, por seu lado, exerceram o «green shoe». No total, a oferta foi de 14.042.554 novas acções da CCR. Um dos principais objectivos, além do financiamento de novos projectos foi conseguido. A empresa aumentou o «free float» dos 15,15% para os 28,28%.

Com a nova oferta, a empresa passou a contar com 1.100 accionistas. Mais de 70% foi colocado junto de estrangeiros e 7% ficou nas mãos de investidores particulares.

Piotto confirmou ao Jornal de Negócios que a oferta foi dispersa, ou seja, que não integrou nenhum accionista que possa ser considerado de referência que nenhum português participou na operação. Na Península Ibérica, só o Santander ficou com títulos da CCR nesta operação.

Encaixe para crescimento

Renato Vale, presidente executivo da CCR reiterou, em conferência de imprensa que o encaixe da operação servirá para alavancar os investimentos em novos negócios.

A empresa prevê garantir nos concursos até ao final do ano, uma concessão de estradas federal e uma estadual, além de estar em negociações para comprar uma concessão já existente.

A CCR vai participar nas sete licitações de estradas federais, mas tem interesse em três delas: a estrada que liga Belo Horizonte a São Paulo, São Paulo a Curitina e Curitiba a Florianópolis. Com esta oferta, a empresa consegue financiar os investimentos «sem prejuízo de distribuição de dividendos».

Para este ano, o grupo brasileiro espera distribuir no mínimo de 50% dos lucros. Sobre os resultados do primeiro trimestre que saíram na semana passada, Renato Vale afirmou que «foram bastante acima do orçamentado» e que o «tráfego vem crescendo nos últimos seis meses». Daí realça boas perspectivas para o resto do ano.

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