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"Este negócio era mau e ainda bem que abortou"

"Que sirva de lição". A frase de Carlos Zorrinho resume as críticas feitas pelos principais partidos da oposição à forma como o Governo conduziu o processo de privatização da TAP. PS, Bloco de Esquerda e PCP ficaram satisfeitos com a decisão do Executivo.

20 de Dezembro de 2012 às 16:02
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O líder parlamentar do PS, Carlos Zorrinho, acusou o Governo de ter conduzido um processo "pouco transparente". "Este negócio era mau e ainda bem que abortou", disse Zorrinho após ser conhecido que o Governo decidiu não vender a transportadora aérea ao empresário colombiano Germán Efromovich.  

 

"A venda de bens públicos", prosseguiu o líder parlamentar socialista, "tem duas condições fundamentais. Em primeiro lugar, a salvaguarda dos interesses nacionais e, em segundo lugar, não deve ser feita entre amigos, em via directa, mas em concursos internacionais transparentes e abertos".

 

Já o Partido Comunista classificou a decisão do Governo "como uma grande vitória". "O mais importante era cancelar o processo de privatização", congratulou-se o deputado Bruno Dias.  

 

Bruno Dias recordou o anterior processo de privatização da companhia aérea, que previa a venda de uma participação de 34% da TAP à SAir Group, a "holding" que controlava a Swissair (este negócio acabou, no entanto, por ser inviabilizado devido à greve dos pilotos), para dizer que a "vida nos deu razão". "Foi assim que a TAP se salvou e é hoje uma das melhores companhias aéreas do mundo."

 

"Valeu a pena lutar" para que a TAP não fosse privatizada, disse ainda o deputado comunista, lamentando que o Estado nunca venha a reconhecer que "a luta dos trabalhadores – e de todos os que defendem o interesse nacional – foi fundamental para esta decisão".

 

Ana Drago do Bloco de Esquerda alinha com a visão de Bruno Dias, ao afirmar que a "decisão do Governo se deveu a um conjunto alargado de vozes que apontaram a trapalhada deste processo".

 

Tal como o PS, também o Bloco de Esquerda considera que o processo foi "pouco transparente" e que o Governo deve retirar daqui "alguma aprendizagem". "Não podemos privatizar activos estratégicos", concluiu Ana Drago.

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