A Ogma, empresa que gere as oficinas de material aeronáutica do Estado português, deverá registar um volume de negócios de 138 milhões de euros em 2004, o que a confirmar-se representa um aumento de 32% face aos 104,761 milhões de euros registados o ano passado, informou hoje a companhia.

Em comunicado hoje emitido, a Ogma anuncia que o aumento da facturação prevista para 2004 se justifica pelos novos contratos obtidos pela companhia pública controlada pela Emporderf, «holding» de participações do Estado na área da Defesa.

A administração da Ogma salienta ainda o mais recente contrato adjudicado à empresa portuguesa, pela fabricante aeronáutica norte-americana Lockheed Martin.

A encomenda, cujo valor é de 5,3 milhões de euros, que poderá «chegar facilmente ultrapassar os 10 milhões de euros», consiste na recuperação de dois aviões P3-C da Marinha do Paquistão.

O eventual aumento do valor em causa prende-se com «reparações de equipamentos, incluindo motores e de todas as anomalias detectadas», acrescenta a comunicação.

A empreitada insere-se no «acordo celebrado entre os EUA e o Paquistão», que incluirá ainda o fornecimento de mais oito aeronaves P3-C da Marinha dos Estados Unidos da América.

Segundo a mesma fonte o programa agora adjudicado terá a duração de 15 meses, «sendo o trabalho executado por técnicos paquistaneses sob a supervisão e controlo dos especialistas da Ogma» e decorrerá na base da Marinha do Paquistão, em Karachi.

O comunicado informa ainda que, em todo o mundo, a Ogma «é um dos três centros reparadores autorizados», pela Lockeed Martin, «para executar reparações neste tipo de aeronaves, modelo do qual a fabricante aeonáutica produziu no total 674 unidades.

A Ogma é presidida por Miguel Morais Leitão desde Junho de 2002. Maria do Rosário Ventura, ex-secretária de Estado da Indústria, Comércio e Serviços do Governo de Durão Barroso, é desde Agosto passado a presidente da Emporderf.