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Maior concessionária da Rússia prepara IPO apesar de um arresto de mais de 150 milhões de euros
A Rolf, a maior concessionária da Rússia, vai lançar uma Oferta Pública Inicial (na sigla anglo-saxónica IPO), no próximo ano, apesar de um tribunal de primeira instância de Moscovo ter arrestado 12,85 mil milhões de rublos (154,72 milhões de euros, à taxa de câmbio atual), dos ativos da empresa.
A Rolf, a maior concessionária automóvel da Rússia, vai lançar uma Oferta Pública Inicial (na sigla anglo-saxónica IPO), no próximo ano, apesar de um tribunal de primeira instância de Moscovo ter arrestado 12,85 mil milhões de rublos (154,72 milhões de euros, à taxa de câmbio atual), dos ativos da empresa.
Em entrevista à Bloomberg TV, a CEO da concessionária, Svetlana Vinogradova, sublinhou que este gesto "revela o quão interessante é a nossa empresa para os investidores".
"Está claro que as acusações dirigidas contra pessoas em específico não tem nada a ver com a companhia", acrescentou Vinogravoda.
A Rolf, assim como o seu antigo dono, Sergey Petrov, foram constituídos réus, por um crime de transferência ilegal de dinheiro para o estrangeiro.
As autoridades russas congelaram os bens do empresário e arrestaram parte dos ativos da companhia. Petrov é procurado pela polícia.
A última vez que se soube do paradeiro do empresário foi esta quarta-feira, quando a Bloomberg o entrevistou, na sequência desta notícia.
Apesar do caso e da pandemia, a Rolf tem sobrevivido e inclusive apresentado lucros, à semelhança do que acontece com outras concessionárias russas.
Só este ano, as empresas russas angariaram 3,4 mil milhões de dólares em IPO, um novo recorde desde há dez anos, segundo os dados compilados pela agência norte-americana.
Contactado pela Bloomberg, a partir de Viena, o gestor considerou o caso "absurdo" e classificou-o como "um processo de natureza meramente política", já que "enquanto estive no parlamento apoiei os adversários de Vladimir Putin".
Há um mês, a Moody's desvalorizou a Rolf e colocou a classificação sob revisão, depois da ordem de arresto ter sido emitida pelo tribunal.