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Lucros da Sonae Indústria caem 28% em 2018

A Sonae Indústria registou um resultado líquido consolidado de 11 milhões de euros no ano passado, uma redução de 4,2 milhões de euros face ao ano precedente.

A Sonae indicou que a guerra das promoções no retalho alimentar tem-se intensificado nos últimos meses mas, ainda assim, continua a prever uma subida das vendas. Já no retalho não alimentar, a recuperação da economia deverá dar um impulso às receitas. No caso do segmento de electrónica, por exemplo, as vendas já atingiram 1.000 milhões de euros este ano. Apesar da pressão concorrencial, os analistas do CaixaBank BPI antecipam que esse impacto seja limitado. E mantiveram a Sonae na lista das suas acções preferidas na Península Ibérica, que foi actualizada esta semana. É a única portuguesa nessa lista. Consideram que a acção está barata.
27 de Março de 2019 às 22:54
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A Sonae Indústria reportou lucros de 11 milhões de euros em 2018, o que corresponde a uma queda de 27,8% face aos 15,3 milhões de euros registados no ano anterior.

 

Já o volume de negócios consolidado no último exercício atingiu cerca de 220,2 milhões de euros, uma redução de 4,7% face aos 231 milhões verificados em 2017.

 

A redução do volume de negócios consolidado explica-se pela redução dos volumes de vendas no negócio de laminados e componentes (em particular para os mercados nórdicos) e pela variação cambial do dólar canadiano, cujo impacto no volume de vendas atingiu 9,1 milhões de euros, sublinha a empresa no comunicado das contas divulgado na CMVM.

 

Por outro lado, um incêndio na Tafisa Canada, que ocorreu imediatamente após a paragem para manutenção numa das linhas de aglomerado, levou a uma paragem adicional da linha, com consequente impacto na produção do quarto trimestre de 2018, refere o mesmo documento.

 

Em 2018, o EBITDA recorrente foi de cerca de 26,7 milhões de euros, uma redução de 11,4 milhões de euros face a 2017. "A redução do EBITDA recorrente, quando comparado com o ano anterior, é essencialmente explicada pela diminuição do volume de negócios, e em particular pelo aumento dos custos variáveis", salienta. A margem EBITDA recorrente de 2018 foi de 12,1%, uma redução de 4,4 p.p. face a 2017.

 

Numa base trimestral, o EBITDA recorrente do quarto trimestre situou-se em 4 milhões de euros, com uma margem EBITDA recorrente de 7,8%, sendo a evolução negativa do trimestre explicada principalmente pelo desempenho do negócio da América do Norte que, apesar de ter registado em outubro o melhor mês de 2018 a nível de produção e EBITDA, foi negativamente afetado pela paragem mais prolongada da fábrica da Tafisa Canada.

 

Por seu lado, o EBITDA consolidado em 2018 atingiu 29,2 milhões de euros, menos 10,1 milhões de euros que no ano anterior, diz o comunicado das contas da empresa liderada por Paulo Azevedo (na foto).

 

"A segunda metade de 2018 foi marcada por um ambiente de negócios mais difícil. Na Península Ibérica, isto coincidiu com a reentrada no mercado da capacidade das nossas duas fábricas portuguesas e com a entrada de capacidade adicional por parte dos nossos concorrentes. Na Alemanha, a Sonae Arauco enfrentou condições de mercado mais difíceis na segunda metade de 2018, em particular em relação aos painéis de fibras de média densidade", destaca Paulo Azevedo.

 

O valor total de custos fixos, em 2018, representou cerca de 17,1% do volume de negócios, um aumento de 0,6 p.p. quando comparado com 2017, pelo efeito da redução do volume de negócios, uma vez que os custos fixos se reduziram face ao ano anterior.

 

O número total de colaboradores da Sonae Indústria, no final do ano passado, era de 495, excluindo a Sonae Arauco, o que compara com 486 colaboradores no final de 2017.

 

Os custos com amortizações e depreciações ascenderam a 13,1 milhões de euros, um aumento de 500 mil euros face a 2017. "Os valores registados em 2018 contemplam as despesas de capital no Canadá, nos trimestres recentes, e o investimento na nova linha de orlagem na unidade industrial de componentes em Portugal concluído no quarto trimestre de 2017".

 

Os encargos financeiros líquidos foram de cerca de 11,6 milhões de euros no ano passado, em linha com 2017.

 

Já a dívida líquida era de 195,8 milhões de euros no final de dezembro de 2018, uma diminuição de 8,9 milhões de euros face a setembro de 2018 e de 12,8 milhões de euros quando comparada com o final de 2017.

 

O valor total dos capitais próprios, por seu lado, totalizava 135,5 milhões de euros no final do ano passado, mais 9,4 milhões de euros quando comparado com 2017.

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