Notícia
Litvinenko detinha um dossier sobre o grupo petrolífero Yukos
O antigo espião russo Alexandre Litvinenko, que morreu na semana passada em Londres após um misterioso envenenamento, deslocou-se a Israel antes da sua morte no âmbito de um inquérito sobre a liquidação do grupo petrolífero Yukos pelo Kremlin.
O antigo espião russo Alexandre Litvinenko, que morreu na semana passada em Londres após um misterioso envenenamento, deslocou-se a Israel antes da sua morte no âmbito de um inquérito sobre a liquidação do grupo petrolífero Yukos pelo Kremlin.
Segundo revela hoje o diário britânico "The Times", o dossier, que contém as provas, deveria ter sido apresentado hoje à polícia britânica.
O antigo espião transmitiu o dossier a Leonid Nevzlin, antigo número dois do grupo petrolífero quase desmantelado. Temendo pela sua vida depois do Estado russo ter assumido o controlo da Yukos, este último fugiu para Telavive.
"Alexandre tinha informações sobre delitos cometidos pelo governo russo", afirmou Nevzlin ao "Times".
"Recentemente ele entregou, a mim e aos meus advogados, documentos que esclarecem o caso Yukos", prosseguiu.
Citando os investigadores que solicitaram o anonimato, o "Times" escreveu que Litvinenki descobriu provas "perturbadoras" sobre o que se passou neste caso.
Vários membros do ex-número um do petróleo russo desapareceram ou morreram em circunstâncias misteriosas, enquanto outros como o seu patrão Mikhaïl Khodor kovski foram presos, indicou o inquérito.
Mikhaïl Khodorkovski, antigo milionário russo, foi condenado a oito anos de prisão na Sibéria por burla e fraude fiscal após uma vasta campanha judicial contra si, contra a sua empresa e contra os seus principais associados e colaboradores.