O grupo La Seda, detido em cerca de 20% pela Imatosgil e pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), passou hoje à tarde a ter novo presidente. Rafael Español sai, contestado pelos portugueses, pelas caixas de poupança espanholas e pela Oman Oil, sendo substituído por Joan Castells, até agora vice-presidente.

Em comunicado enviado à comissão nacional do mercado de valores mobiliários espanhola (CNMV), a companhia La Seda de Barcelona veio hoje à tarde esclarecer que, na sessão que decorreu durante o dia, o conselho de administração “validamente constituído”, acordou por unanimidade “aceitar a demissão de Rafael Español Navarro como presidente do conselho de administração”.

Decidiu igualmente nomear como presidente do conselho de administração, em substituição, o até hoje vice-presidente, Joan Castells.

O conselho de administração decidiu também suspender a assembleia geral de accionistas, marcada para 29 e 30 de Junho, convocada a 27 de Junho último.

Na edição “online”, o jornal “la Vanguardia” garante que a mudança de hoje ocorreu “depois dos quatro principais accionistas - o grupo português Imatosgil, CGD, Oman Oil e Liquidambar (que reúne várias caixas de poupança espanhola) recusaram subscrever as contas do exercício de 2008”. Ante “a desconfiança demonstrada pelos accionistas, Rafel Español apresentou a sua demissão”.

A fabricante de plásticos La Seda é detida em 12% pela Imatosgil e em 7,22% pela CGD. Através da Artenius, a catalã tem um projecto já aprovado de uma unidade em Sines, no valor de 400 milhões de euros, que actualmente se encontra atrasada em cinco meses.

Em Espanha, a falta de liquidez da empresa, com uma dívida de 600 milhões de euros actualmente, já ditou o encerramento da unidade de La Prat.