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Itaú admite aumentar posição no BPI até 17,5%
O Banco Itaú admite aumentar a posição no BPI e chegar aos 17,5%, o novo limite aos direitos de voto, revelou ao Jornal de Negócios o representante do banco brasileiro, no final da assembleia geral de ontem.
O Banco Itaú admite aumentar a posição no BPI e chegar aos 17,5%, o novo limite aos direitos de voto, revelou ao Jornal de Negócios o representante do banco brasileiro, no final da assembleia geral de ontem.
Carlos Câmara Pestana, que é também vice-presidente do BPI, disse que «é natural que o Itaú chegue aos 17,5%», ressalvando no entanto que «só as circunstâncias de mercado é que o vão dizer».
Relativamente à OPA do BCP, Câmara Pestana é bastante crítico e diz que «não tem condições para ter sucesso». O responsável reafirma que o Itaú não está disposto a vender a sua participação (de 16,4% do capital do BPI).
«A nossa disposição é não, não e não", respondeu Câmara Pestana. «Queremos assegurar a independência da instituição e achamos importante para o país a existência do BPI independente. Este país já tem uma concentração bancária exagerada demais, está entregue a dois ou três bancos e precisa do BPI independente", adiantou.
Câmara Pestana disse ainda que «o BCP durante estes anos tem perdido valor». Daí que não esteja a ver o Itaú aceitar a proposta de troca de acções do BPI pelo BCP, que chegou a ser avançada pelo presidente do Comercial Português: «De nenhuma forma, absoluta e total».
E considerou «inimaginável» uma mudança de posição perante uma eventual subida da contrapartida.
«Se fosse numa coisa feita amistosamente era uma posição completamente diferente, agora ser arrancado do CA por uma posição hostil, de nenhuma forma», concluiu.