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Investvar acredita na salvação do grupo, num "novo rumo" com novos accionistas

O grupo Investvar, maior fabricante português de calçado e que usa a marca Aerosoles, diz acreditar que vai ser encontrado "um novo rumo, com a entrada de novos accionistas". Seria a salvação de um grupo que não tem dinheiro para pagar os salários de Outubro.

30 de Outubro de 2009 às 15:40
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O grupo Investvar, maior fabricante português de calçado e que usa a marca Aerosoles, diz acreditar que vai ser encontrado “um novo rumo, com a entrada de novos accionistas”. Seria a salvação de um grupo que não tem dinheiro para pagar os salários de Outubro.

“A administração do grupo Investvar comunicou hoje aos mais de 600 trabalhadores da rede de retalho e das quatro fábricas localizadas em Portugal que, apesar de todos os esforços desenvolvidos, não tem condições para satisfazer o pagamento dos salários referentes ao mês de Outubro”, começa por referir o comunicado emitido esta tarde pela equipa de gestão liderada por Pedro Ribeiro da Cunha.

Depois de referir o actual “momento difícil” para a Investvar, “reafirma a intenção de cumprir os seus compromissos com os trabalhadores logo que seja possível, consciente dos problemas que esta situação acarreta junto de centenas de famílias, algumas das quais completamente dependentes da actividade da Investvar”.

A administração da Investvar “reafirma” ainda aos trabalhadores que “acredita que a empresa vai conseguir encontrar um novo rumo, com a entrada de novos accionistas que acreditam na salvação e no futuro do maior grupo de calçado português, presentes em vários países europeus”.

Como o Negócios revelou em primeira-mão ao início da tarde de hoje, o maior fabricante português de calçado não vai pagar os salários de Outubro aos seus cerca de 650 trabalhadores.

A falta de liquidez do grupo Investvar explica a decisão agora tomada e decorre do atraso na aprovação do plano de reestruturação deste universo empresarial, desenhado pelo seu CEO, Pedro Ribeiro da Cunha. Um plano que passa pela conversão em capital de 75% da dívida à banca, no valor de 40 milhões de euros.

Caso este plano seja viabilizado, o grupo será dividido em duas empresas autónomas: uma comercial, que será propriedade da banca e de participadas do Estado, e uma industrial, que deverá ser liderada por Artur Duarte, o fundador e accionista da Investvar.

De registar que uma das três fábricas que o grupo detém em Portugal, a Glovar, instalada em Castelo de Paiva, continua paralisada. Esta unidade, que emprega 120 pessoas, não tem de momento encomendas. O grupo opera mais duas unidades em Portugal e uma outra na Índia.

Está entretanto marcado para terça-feira o julgamento sobre o pedido de insolvência do credor italiano Ka&Ka sobre a Investvar, com o antigo fornecedor do grupo português a reclamar o pagamento de uma dívida de 500 mil euros relativa a serviços de “design” da colecção de sapatos.

Nota final: a Investvar lançou recentemente a sua nova marca, a Move On, que pretende substituir a Aerosoles, após o final do contrato (marcado para Março próximo) de produção e comercialização desta marca entre a empresa portuguesa e o grupo norte-americano Aerogroup.

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