É o melhor ano de sempre para as universidades, mas não chegou para conquistar o primeiro lugar. Segundo dados do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), que o Jornal de Negócios divulga em primeira mão, os inventores individuais lideraram os pedidos de patente feitos por requerentes nacionais em 2007. As escolas viram fugir o ouro por dois pedidos de diferença.

Desde que o INPI recolhe os dados, as universidades nunca conseguiram liderar esta tabela, apesar de terem mais que quadruplicado em seis anos os pedidos de patente. Ainda assim, e à semelhança do que já se tinha verificado em 2006, ficam à frente das empresas.

A liderança dos inventores individuais acaba por ser relativamente surpreendente, tendo em conta os sinais dados a meio do ano passado. No final do primeiro semestre de 2007, as escolas surgiam substancialmente à frente dos inventores individuais (tinham então mais 16 pedidos), mas acabaram por se ver ultrapassadas num "sprint" milimétrico.

Feitas as contas, e ao longo do ano passado, as universidades fizeram 109 pedidos, menos dois que os 111 dos inventores individuais. A meio do ano, as universidades tinham feito 60 pedidos face aos 44 dos inventores. A segunda metade de 2007 acabou assim por ser menos "criativa" no ensino superior.

As empresas, que levam o bronze, ficaram a alguma distância, com 86 pedidos. O quarto e último lugar entre os requerentes nacionais pertence aos institutos públicos, com 10 pedidos.