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Grão-Pará agrava prejuízos em 100% no trimestre
A Imobiliária Construtora Grão-Pará registou uma duplicação dos prejuízos relativos aos primeiros nove meses do ano, para 4,7 milhões de euros, anunciou hoje a empresa.
A Imobiliária Construtora Grão-Pará registou uma duplicação dos prejuízos relativos aos primeiros nove meses do ano, para 4,7 milhões de euros, anunciou hoje a empresa.
Em comunicado ao mercado, a administração da Grão-Pará afirma que os prejuízos obtidos nos três primeiros trimestres do ano ascenderam a 4,72 milhões de euros, o que representa um agravamento de 106% face a perdas 2,29 milhões de euros alcançadas um ano antes.
No período em causa, os resultados operacionais também se agravaram, em 214%, para 2,56 milhões de euros negativos. Semelhante evolução foi sentida nos resultados financeiros, que passaram de 1,39 milhões de euros negativos em Setembro de 2003 para 3,57 milhões de euros negativos um ano depois.
O volume de negócios da companhia caiu 3%, para 6,85 milhões de euros, tendo a produção diminuído consideravelmente, ao passar de 9,68 mil euros negativos para 950,35 mil euros negativos.
Os resultados extraordinários tiveram melhor desempenho, passando de 485,55 mil euros negativos para 649,76 mil euros positivos.
Em comunicado, a direcção do grupo imobiliário-turístico afirma que «manteve-se a evolução positiva das receitas hoteleiras do Hotel Atlantis Sintra Estoril», para além «dos efeitos positivos resultantes do Euro 2004». Ainda no sector hoteleiro, a companhia defende contudo que o Aparthotel Solférias e o Hotel Atlantis Vilamoura, localizados no Algarve, «sofreram os reflexos da menor procura ocorrida naquela região».
Sobre a situação financeira da empresa, a administração da Grão-Pará avança que assinou, a 30 de Setembro último, um «contrato do consolidação de responsabilidades das empresas do grupo» com o Banco Espírito Santo (BES), a «taxas de juro inferiores em 1% às anteriormente vigentes». Além disso, como as responsabilidades são «tituladas em dólares», as mesmas continuam a «ver diminuir o seu valor» na sequência da valorização do euro [eur], que hoje atingiu um novo máximo de 1,3237 dólares.
A empresa informa ainda que, caso aplicasse a «directiva contabilística nº9 nas contas da empresa», a mesma teria como efeito «um decréscimo dos investimentos financeiros e capitais próprios no montante de 15,5 milhões de euros», por «influência do efeito negativo do resultado do terceiro trimestre de 2004, de 2,9 milhões de euros».
As acções da Grão-Pará [grao] encerram ontem – último dia em que negociaram – nos 4,11 euros, inalteradas, com oito títulos transaccionados.