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Fedex com maior tombo em 40 anos após resultados muito abaixo das expectativas

O gigante norte-americano de entregas é a mais recente empresa a juntar-se a um coro de vozes que alertam para o impacto do cenário macroeconómico nos seus resultados.

Bloomberg
16 de Setembro de 2022 às 18:24
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A Fedex viu as suas ações mergulharem 23% esta sexta-feira no arranque das negociações em Wall Street, na maior desvalorização do gigante norte-americano de entregas desde a década de 1980. O tombo surge no seguimento da apresentação de resultados, na quinta-feira, com os números a ficarem muito aquém das expetativas dos analistas.

A empresa indicou que o lucro do primeiro trimestre, excluindo alguns itens, deverá ser de 3,44 dólares por ação, cerca de 33% abaixo da estimativa média dos analistas, que apontava para 5,1 dólares. Além disso, a Fedex reduziu a sua previsão de lucros para o próximo ano, sublinhando que as tendências macroeconómicas "pioraram significativamente", tanto internacionalmente quanto nos Estados Unidos, e que provavelmente se deteriorarão ainda mais, alimentando receios de um declínio generalizado dos lucros.

Em ração, vários bancos de investimento encolheram as suas recomendações em relação à empresa. "A Fedex anunciou ontem à noite o conjunto mais fraco de resultados em relação às expectativas que vimos nos nossos 20 anos de análise de empresas", indicou o Deutsche Bank, numa nota enviada aos clientes, citada pela Bloomberg.

"O aviso da Fedex veio como uma chapada. É um sinal sólido de que a economia começou a desacelerar", indicou Ipek Ozkardeskaya, analista sénior da Swissquote. "Este é certamente o primeiro de uma série de alertas que vamos receber nos próximos trimestres."

A Fedex não foi a única empresa a alertar para o impacto do cenário macroeconómico nos seus resultados. Também a General Electric avançou na quinta-feira que os desafios nas cadeia de suprimentos estão a pesar no desempenho no terceiro trimestre.

Os avisos chegam também na Europa, com o conglomerado britânico Associated British Foods - dona da Primark - a adiantar que o seu lucro no próximo ano fiscal será menor, devido aos custos da energia e à alta do dólar. Já a sueca Electrolux avançou que os ganhos cairão "significativamente" no terceiro trimestre com a rápida aceleração da inflação e a baixa confiança do consumidor.
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