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FC Porto atinge recorde de receitas com transferências na primeira época de Villas-Boas

Os 'dragões' ficaram à frente do Benfica, que atingiu os 149,92 milhões nos dois períodos de inscrição.

Fernando Veludo / Lusa
04 de Fevereiro de 2025 às 09:03
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O FC Porto estabeleceu um novo recorde de receitas com vendas de futebolistas na mesma temporada, ao juntar 168,45 milhões de euros nas duas janelas de transferências de 2024/25, as primeiras sob a presidência de André Villas-Boas.

Depois de ter alcançado 58,15 milhões de euros no verão, os 'dragões' acumularam 110,3 milhões entre 1 de janeiro e segunda-feira, último dia do período de inscrições de inverno na I Liga, fruto das mudanças do médio espanhol Nico González para o tetracampeão inglês Manchester City, por 60 milhões de euros, e do extremo brasileiro Galeno junto dos sauditas do Al-Ahly, por 50 milhões.

Já o lateral esquerdo Wendell saiu a custo zero rumo ao São Paulo, enquanto o extremo Iván Jaime (Valência) e os pontas de lança Wendel Silva (Santa Clara) e Fran Navarro (Sporting de Braga) foram emprestados pelo FC Porto, que bateu pela segunda vez os três dígitos de proveitos com transações numa época, acima dos 148,15 milhões de 2015/16.

Os 'dragões' ficaram à frente do Benfica, que atingiu os 149,92 milhões nos dois períodos de inscrição e libertou já este ano o lateral esquerdo alemão Jan-Niklas Beste (Friburgo, oito milhões), o defesa direito burquinês Issa Kaboré, ao rumar ao Werder Bremen em mais um empréstimo do Manchester City, e Soualiho Meité, novamente cedido ao PAOK Salónica.

Depois de ter amealhado 39,8 milhões de euros no verão, o campeão nacional e líder isolado Sporting vendeu apenas Leonardo Barroso (Chicago Fire, 1,4 milhões) a meio da época e emprestou o extremo inglês Marcus Edwards (Burnley), podendo anunciar em breve a saída de Dário Essugo (Chelsea, 25 milhões de euros), que prosseguirá cedido ao Las Palmas até ao fim de 2024/25.

O Sporting de Braga atingiu 6,5 milhões de euros com a mudança de última hora do extremo Bruma para o Benfica, por entre os empréstimos de Matheus (Ajax), André Horta (Olympiacos), João Marques (Gil Vicente) e Roberto Fernández (Espanyol), a rescisão com Yuri Ribeiro (Blackburn) e o fim antecipado da cedência de Rafik Guitane, regressado ao Estoril Praia.

Já o Vitória de Guimarães teve uma receita recorde de 45,3 milhões de euros em 2024/25, inflacionada no inverno com Alberto Costa (Juventus, 13,8 milhões), Manu Silva (Benfica, 12 milhões) e Kaio César (Al Hilal, nove milhões), cuja opção de 1,5 milhões foi previamente ativada pelos minhotos.

Jorge Fernandes (Al Fateh, 500 mil euros), Nélson da Luz, contratado em definitivo pelo Qingdao West Coast por 200 mil euros, e Tomás Ribeiro (Farense) também deixaram os vimaranenses, que emprestaram ainda Zé Carlos (Farense) e Adrián Butzke (Mirandés).

Fora do espetro dos representantes nacionais nas competições europeias, o Estrela da Amadora fez 8,45 milhões de euros com as saídas de Igor Jesus (Los Angeles FC, quatro milhões), André Luiz (Rio Ave, 2,5 milhões), Tiago Gabriel (Lecce, 1,25 milhões) e Danilo Veiga (Lecce, um milhão).

Se Zaydou Youssouf (Al Fateh, seis milhões de euros) e Mory Gbane (Reims, cinco milhões) abandonaram Famalicão e Gil Vicente, o Casa Pia transferiu Beni Mukendi (Vitória de Guimarães, sem valor especificado) e Telasco Segovia (Inter Miami, 2,5 milhões de euros), em contraste com o lanterna-vermelha Boavista, impedido de inscrever novos futebolistas pela quinta janela seguida.

Entre 1 de janeiro e segunda-feira, a I Liga alcançou 185,77 milhões de euros em receitas, acima dos 124,61 milhões no mesmo período da época anterior, num valor que, com a junção dos dois períodos de inscrição, chega aos 566,34 milhões de euros e suplanta os 410,31 milhões totais de 2023/24.

O mercado continuará ativo em países como Áustria, Hungria, Polónia, Roménia, Rússia, Suíça, Sérvia, Turquia, Ucrânia, Brasil, Canadá, Estados Unidos, China, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos ou Japão, sendo que os futebolistas em final de contrato estão autorizados a comprometerem-se livremente com outro clube para a próxima temporada.

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