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EY multada em 2,6 milhões no Reino Unido por falhas de auditoria

O supervisor britânico multou a consultora Ernst & Young (EY) por falhas na auditoria ao grupo de transporte Stagecoach. A admissão de falhas levou a uma redução do montante da coima.

23 - EY – Serviços profissionais
Tory Williams
25 de Agosto de 2021 às 10:11
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O Financial Reporting Council, que supervisiona a atividade contabilística e os auditores no Reino Unido, multou a consultora Ernst & Young (EY) em 3,5 milhões de libras (cerca de 4,09 milhões de euros), apontando falhas na auditoria ao grupo de transportes Stagecoach.

Através de comunicado, esta entidade indica que a sanção aplicada à EY foi alvo de reduções no montante, pela admissão e disponibilidade da auditora. Desta forma, a multa foi reduzida para 2,205 milhões de libras (cerca de 2,6 milhões de euros). Além da coima, as sanções incluem ainda uma "declaração em como o relatório da auditoria não satisfez os requisitos de auditoria e ainda a obrigação de a EY ter de reportar ao supervisor durante um período de um ano os trabalhos de auditoria em "em relação às cláusulas contratuais onerosas".

Foram também aplicadas sanções a Mark Harvey, envolvido na auditoria, nomeadamente uma sanção de 100 mil libras, que foi reduzida para 70 mil libras pela admissão das falhas.

A Stagecoach começou a ser auditada pela EY em 2017. Segundo o FCR, tanto a EY como Mark Harvey admitiram que as falhas estavam relacionadas com áreas específicas da empresa, como "as obrigações de planos de pensão de benefícios", "provisões para sinistros de seguros relacionados com acidentes" e ainda "uma cláusula contratual onerosa relativa à franquia ferroviária da East Coast Mainline". Segundo este comunicado, "todas as três áreas da Auditoria diziam respeito a balanços materiais e foram identificadas pelos respondentes como áreas de risco".

O supervisor aponta que as deficiências mais sérias na auditoria estavam ligadas à "falta de avaliação suficiente e desafio ao trabalho da gestão". O FCR refere que "em diversas circunstâncias materiais", tanto a EY como Mark Harvey "falharam na obtenção de provas apropriadas para auditoria e na aplicação do ceticismo profissional para conduzir a auditoria".

"As falhas de auditoria neste caso eram extensas e ligadas a um número fundamental de critérios de auditoria", considera Cláudia Mortimore, responsável deste supervisor, em comunicado. "As sanções refletem a seriedade destas falhas e têm como intenção a melhoria da qualidade de futuras auditorias".
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