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Estado português não deverá financiar recuperação da Varig

O Estado português, enquanto accionista da TAP, não deverá participar com contribuição financeira no processo de recuperação da Varig, que culminará, se tudo correr como previsto, na assunção de 20% do capital da empresa brasileira pela transportadora por

10 de Novembro de 2005 às 18:23
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O Estado português, enquanto accionista da TAP, não deverá participar com contribuição financeira no processo de recuperação da Varig, que culminará, se tudo correr como previsto, na assunção de 20% do capital da empresa brasileira pela transportadora portuguesa.

Segundo o ministro das Obras Públicas, Mário Lino, não está prevista qualquer envolvimento financeiro do accionista público, eventualmente por aumento de capital neste processo que, numa segunda fase, vai envolver montantes muito mais expressivos reconheceu hoje em conferência de imprensa. O valor estimado pela própria TAP para a segunda fase do processo é de 500 milhões de dólares.

A acontecer, o envolvimento financeiro do accionista público, não será significativo, adiantou ainda o ministro, hoje em conferência de imprensa. «Estamos convictos que a TAP tem uma situação financeira suficientemente sólida, credibilidade e nome no mercado e que será capaz de montar a engenharia financeira necessária».

O objectivo é que sejam investidores privados a financiar esta operação. A intervenção do Estado neste processo passa sobretudo pelo apoio político. Segundo Mário Lino, o negócio da Varig cumpre a estratégia do Governo para a TAP de consolidação internacional.

Para já, a TAP chegou acordo com a Geocapital, o fundo com sede em Macau financiado pela STDM de Stanley Ho e Ferro Ribeiro que é o parceiro financeiro da companhia portuguesa na primeira fase da recuperação da Varig.

Esta passa pela compra das participadas VEM (manutenção) e VarigLog (logística) por cerca de 62 milhões de euros, dos quais um terço é financiado pelo consórcio português e o restante pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social).

Na conferência de imprensa hoje, o presidente executivo da TAP, Fernando Pinto, realçou que a empresa portuguesa não tem garantida a passagem à segunda fase do processo de recuperação da Varig. Lembrou ainda que, depois de fechado o contrato para a compra da VEM e VarigLog esta semana, há um prazo de 40 dias para outros investidores apresentarem propostas com um preço superior.

A TAP salvaguardou que terá direito de preferência em relação a outras propostas. Ou seja, basta-lhe cobrir o valor de outras ofertas para garantir a aquisição das duas participadas da Varig. O preço final a pagar por estas sociedades ainda não está definido e depende do processo de "due dilligence" em curso.

A Parpública vai marcar para os próximos dias a assembleia geral da TAP em que será aprovada a proposta de renovação da frota de longo curso apresentada pela administração da empresa, disse Mário Lino. Este projecto, que também é fundamental para a consolidação da transportadora, recebeu um parecer favorável da holding estatal que controla 100% da TAP.

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