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“Entrada da REN em bolsa é vantajosa para os accionistas”
Vítor Santos, presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), considera que privatização da REN é “vantajosa” para os accionistas da empresa, mas a regulação mantém-se necessária para proteger os interesses dos investidores. A OPV da RE
Vítor Santos, presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), considera que privatização da REN é "vantajosa" para os accionistas da empresa, mas a regulação mantém-se necessária para proteger os interesses dos investidores. A OPV da REN foi duramente criticada pelo seu antecessor.
"A dispersão em bolsa do capital da REN é vantajosa para os accionistas, porque a empresa torna-se, por principio, mais eficiente, uma vez que está sujeita à disciplina do mercado", disse Vítor Santos ao Jornal de Negócios.
O anterior presidente da ERSE, Jorge Vasconcelos, teceu recentemente duras criticas à privatização REN. "Nada de mal acontecerá se, amanhã, após uma patriótica privatização para resolver a emergência financeira de hoje, os planos de expansão da REN forem anunciados num hotel londrino e os lucros das redes energéticas nacionais forem distribuídos pelas viúvas da Escócia, pelos reformados da Califórnia ou pelos oligarcas russos. Mas os consumidores portugueses de energia não retirarão daí qualquer benefício", referiu num artigo de opinião publicado no Jornal de Negócios.
Vítor Santos adianta que, na REN "a regulação mantém-se necessária, porque se mantém igualmente necessária a protecção dos interesses dos consumidores".
"A regulação é a única forma de assegurar que uma empresa pode ser eficiente e independente ao mesmo tempo", adiantou.
Em relação ao "unbundling", através dos quais a REN recebeu os activos de gás da Transgás, Vítor Santos sublinha que a operação, "em termos gerais, melhorou o desempenho da REN" e teve "efeitos positivos no investimento, qualidade do serviço e técnica e de preço".