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Empresas de Defesa tentam conquistar Marinha brasileira
Empresas portuguesas de Defesa, que estiveram há um ano numa feira do sector no Rio de Janeiro, mostraram esta quarta-feira, em Lisboa, os seus drones e submarinos ao Comandante da Marinha do Brasil. Este sector já vale 1,8 mil milhões de euros.
Há um ano, a 14 de Abril de 2015, a Tekever assinou um acordo para a entrada no capital da Santos Lab, empresa brasileira líder de mercado na produção de aviões não tripulados, os chamados drones.
A cerimónia, que contou com as presenças dos então ministros português e brasileiro da Defesa, decorreu no primeiro dia da LAAD – a maior feira do sector da Defesa e Segurança da América Latina, onde participaram 16 empresas portuguesas.
Um ano depois, o Comandante da Marinha do Brasil, no âmbito de uma visita à Marinha Portuguesa, esteve esta quarta-feira, 13 de Abril, na Base Naval de Lisboa, a conhecer os projectos de empresas portuguesas do sector da Defesa, nomeadamente ligados à construção naval e veículos não tripulados.
Eduardo Bacellar Leal Ferreira teve a oportunidade de, entre outras empresas e produtos, experienciar os drones da Tekever e da Uavision, o "software" da Critical e a "estrela" da Oceanscan, que, para explorar o fundo do mar, desenvolveu um submarino que consegue detectar minas subaquáticas.
Esta iniciativa surgiu no plano de promoção externa das indústrias de Defesa portuguesas, desenvolvido pela IdD (Plataforma das Indústrias de Defesa) e na sequência de uma acção semelhante com a Marinha das Filipinas, realizada a 28 de Março.
A IdD estima que o número de empresas deste sector esteja já próximo dos 300, para um volume de negócios da ordem dos 1,8 mil milhões de euros, dos quais 88% gerados por mercados externos. A plataforma liderada por Eduardo Filipe aponta como objectivo chegar aos dois mil milhões de euros de facturação, dentro de dois a três anos.