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Empresas do euro esperam que salários se moderem nos próximos 12 meses

De acordo com o Banco Central Europeu, 43% das empresas comunicaram aumentos das taxas de juro bancárias, em comparação com 75% no trimestre anterior.

Inflação subjacente na Zona Euro, que tem estado na mira do BCE, teve uma variação média anual de 4,9%. Valor compara com 3,5% em 2022.
Wolfgang Rattay/Reuters
Lusa 08 de Abril de 2024 às 12:45
As empresas da Zona do Euro esperam que o crescimento dos preços de venda e dos salários se modere nos próximos 12 meses para em média 3,3% e 3,8%, respetivamente, segundo dados do Banco Central Europeu (BCE).

O BCE publicou esta segunda-feira o inquérito sobre o acesso das empresas ao financiamento na zona euro, que conclui que as condições para a obtenção de um empréstimo voltaram a ser mais rigorosas no primeiro trimestre de 2024, mas menos do que nos últimos três meses de 2023.

Em particular, 43% das empresas comunicaram aumentos das taxas de juro bancárias, em comparação com 75% no trimestre anterior, enquanto 37% das empresas asseguraram que enfrentaram subidas de outros custos de financiamento (encargos, taxas e comissões), em comparação com 49% no trimestre anterior.

No primeiro trimestre de 2024, 1% das empresas comunicou que a sua necessidade de empréstimos bancários tinha diminuído, contra 4% que indicaram aumentos no trimestre anterior.

Ao mesmo tempo, 3% das empresas comunicaram uma diminuição da disponibilidade de empréstimos bancários, em comparação com 9% anteriormente, pelo que o aumento do défice de financiamento foi menor do que no inquérito anterior.

Neste contexto, as empresas mostraram-se otimistas quanto à disponibilidade de empréstimos bancários nos próximos três meses, embora considerem que as perspetivas económicas são o principal fator para a obtenção de financiamento.

Três por cento das empresas referiram um aumento do volume de negócios no primeiro trimestre, em comparação com 10% anteriormente, embora estivessem mais otimistas quanto à evolução nos próximos três meses.

Simultaneamente, um maior número de empresas registou uma deterioração dos lucros, com pressões de custos generalizadas.

Além disso, as perspetivas de inflação das empresas abrandaram para 3,4% no próximo ano e 3% a três e cinco anos.
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