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Empresa portuguesa investe mais de 50 milhões em produção de amêndoa no Fundão e Idanha-a-Nova

A empresa Veracruz vai instalar no Fundão e Idanha-a-Nova, distrito de Castelo Branco, um projecto de produção de amêndoa com cinco mil hectares, num investimento superior a 50 milhões de euros, afirmou hoje o seu director-geral.

Pedro Elias/Negócios
16 de Novembro de 2018 às 18:21
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"Primeiro avançamos com dois mil hectares, mas ideia é abrir o capital da empresa e chegarmos a cinco mil hectares de plantação de amêndoa. Em termos de investimento total, está entre 50 a 60 milhões de euros", disse hoje à agência Lusa o director-geral da empresa "Veracruz", Gustavo Ramos, que apresentou o projecto durante a conferência "Valorizar o Interior", uma iniciativa organizada pela revista Vida Rural em colaboração com a autarquia fundanense.

 

Gustavo Ramos esclareceu que a empresa Veracruz é portuguesa e foi criada por dois sócios (um português e outro brasileiro) para levar a cabo este projecto, que será implementado por fases e que também inclui a construção de uma fábrica e a criação de cerca de 60 postos de trabalho directos.

 

A primeira fase já está no terreno e compreende a plantação de dois mil hectares, o que implicará mais de dois milhões e meio de amendoeiras, segundo explicou o director-geral da Veracruz, que, tal como um dos sócios, é brasileiro.

 

"Actualmente, a empresa já tem 1.200 hectares: 330 hectares no Fundão e o restante em Idanha-a-Nova. Desses 1.200 hectares, já temos 200 hectares plantados, no Fundão", acrescentou, explicando que, em Idanha-a-Nova, estão agora a decorrer os trabalhos de preparação das terras.

 

Segundo o director-geral, a empresa já comprou uma propriedade no Fundão, mais três em Idanha-a-Nova e pretende ainda adquirir ou arrendar outras áreas.

 

"A perspectiva é que na primavera de 2021 já possamos estar a colher as primeiras amêndoas, sendo que, quando estivermos em velocidade cruzeiro esperamos colher 2.500 quilos de amêndoas por cada hectare", acrescentou.

 

Relativamente à unidade fabril, Gustavo Ramos explicou que a localização ainda não está definida, mas que a mesma ficará neste distrito e que deve estar concluída até 2024.

 

"O outro objectivo, além da plantação, é implementar uma fábrica onde vamos fazer o descasque da amêndoa e onde, posteriormente, faremos o processamento da amêndoa, entrando depois na componente da farinha e dos laminados", referiu.

 

Acrescentou ainda que já está em estudo a forma de aproveitar a casca da amêndoa e da pele que envolve a casca.

 

Gustavo Ramos explicou ainda que a existência de água, o clima, a temperatura (existência de horas de frio e de calor), bem como o apoio municipal ou a centralidade relativamente a portos de escoamento de produto e a cidades como Lisboa, Porto e Madrid (Espanha) foram aspectos que pesaram na escolha de Portugal e destes dois concelhos para concretizar o projecto.

 

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