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Direcção Geral de Energia garante em tribunal que REN cumpre a lei

Testemunhas de defesa da REN defenderam hoje em tribunal a necessidade da colocação da linha de muita alta tensão que liga as subestações de Trajouce e Fanhões e garantem que a empresa cumpre a lei.

23 de Novembro de 2007 às 19:40
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Testemunhas de defesa da REN defenderam hoje em tribunal a necessidade da colocação da linha de muita alta tensão que liga as subestações de Trajouce e Fanhões e garantem que a empresa cumpre a lei.

António Martins de Carvalho, engenheiro electrotécnico e director de serviços da Direcção-Geral da Energia e Geologia (DGEG), garantiu em tribunal que "a REN está a cumprir os valores estabelecidos na lei e que as pessoas devem estar descansadas".

"Fazem-se medições e comprova-se que os valores estão correctos", disse o engenheiro durante a sessão da tarde.

O director de serviços da DGEG reconheceu que a linha "causa ruído e impacto visual", mas defendeu que "é absolutamente essencial", na medida em que "há o risco do não fornecimento de energia eléctrica a hospitais, à linha de comboio de Cascais e embaixadas [em Lisboa Ocidental]".

"Enterrar a linha pode ser pior do que a linha aérea porque fica mais próxima das pessoas", argumentou o engenheiro, salientando que "o campo magnético não fica no solo, mas sai para o ar".

José Luís Sousa, responsável pela divisão de equipamento da REN, o departamento que tem a competência de projectar e construir as linhas, salientou, por seu lado, que esta linha foi instalada devido ao "aumento dos consumos nos concelhos de Sintra, Cascais e Oeiras".

O estudo apresentado pela REN,na primeira audiência e que motivou o adiamento da sessão para hoje, foi alvo de impugnação por parte da Defesa, e como tal, não pôde ser alvo de análise nesta fase do processo.

No entanto, Francisco Neves Gomes, um membro da Labelec - empresa que realizou as medições apresentadas no estudo da REN - garantiu que os valores estão dentro da lei.

"Verificámos valores infimamente abaixo dos valores de referência", afirmou.

No final da sessão, José Luis de Sousa tentou apresentar um estudo encomendado a uma empresa holandesa, que confirma as conclusões do estudo da Labelec, mas o tribunal recusou a sua admissão como prova.

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