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CUF com prejuízos de 20 milhões de euros no semestre por causa da pandemia

Os resultados do primeiro semestre da dona dos hospitais CUF foram impactados pela pandemia. Mas a empresa garante que em junho já sentiu “uma recuperação significativa” da atividade.

11 de Agosto de 2020 às 21:56
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A CUF fechou o primeiro semestre com prejuízos de 20 milhões de euros, um valor que compara com o resultado líquido de 22,4 milhões de euros alcançados em igual período do ano passado, informou o grupo hospitalar em comunicado emitido à CMVM.

Este resultado é explicado pela empresa pelo impacto da pandemia da covid-19 que se refletiu nas contas da CUF principalmente nas últimas semanas de março e nos meses de abril e maio. Em junho a empresa registou já uma "recuperação significativa da atividade assistencial, traduzindo-se em proveitos operacionais 2% acima do período homólogo no segmento privado", evidenciando, assim, "um sinal positivo quanto à recuperação que se espera possa manter-se no segundo semestre do exercício", acrescenta.

Antes deste período, nos meses de janeiro e fevereiro, os proveitos operacionais no segmento dos cuidados de saúde privados apresentaram um crescimento face ao homólogo de 9,6%. No entanto, durante o período de confinamento iniciado a 19 de março, "ocorreu uma inversão da trajetória de crescimento da atividade que se verificava até esse momento, prejudicando a performance nos meses de março, abril e maio", detalha a CUF.

O EBITDA seguiu a mesma tendência de queda registada no acumulado do semestre, tendo deslizado 86,4% para 8 milhões de euros prejudicado pela quebra da atividade.

Nos primeiros seis meses deste ano as receitas totalizaram 229,2 milhões de euros, o que representa uma redução de 40,2% face ao período homólogo. "Excluindo a atividade de Braga e os efeitos extraordinários em 2019, a diminuição dos proveitos operacionais face ao primeiro semestre de 2019 é de 19,2%, refletindo o impacto da pandemia de covid-19", detalha.

Já o rácio de dívida líquida sobre EBITDA "aumentou de 4,48x, no final de 2019, para 10,79x, por via da redução acentuada do EBITDA e do aumento da dívida financeira líquida consolidada em 61,9 milhões de euros para 500,7 milhões de euros".

A CUF explica ainda que o aumento da dívida decorre da conclusão do plano de investimento, nomeadamente do hospital CUF Tejo e do hospital CUF Sintra, bem como do recurso a linhas de financiamento de curto-prazo, no âmbito do contexto da pandemia de covid-19.

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