Notícia
Cavaco Silva em Nápoles
Os presidentes de Portugal e Itália, conjuntamente com o Rei de Espanha, vão hoje trocar apertos de mão com a inovação por cenário.
27 de Junho de 2008 às 09:46
Os presidentes de Portugal e Itália, conjuntamente com o Rei de Espanha, vão hoje trocar apertos de mão com a inovação por cenário.
A Cotec Europa está reunida em Nápoles para apresentar recomendações à Comissão Europeia sobre a aplicação dos fundos estruturais no Sul da Europa e os chefes de Estado de cada uma das delegações presentes – a portuguesa, a espanhola e a italiana – são o topo hierárquico de uma estrutura que se quer fazer ouvir por Durão Barroso e companhia. Um das estratégias em cima da mesa é dirigir os novos fundos comunitários para os pressupostos da Agenda de Lisboa.
Cavaco Silva, Juan Carlos e Gorgio Napolitano, que são respectivamente presidentes honorários da Cotec dos seus países, vão assim fazer parte de um debate que reúne pesos pesados empresariais dos três países. Parte do encontro vai centrar-se na elaboração de recomendações para as políticas públicas concretizarem a convergência da regiões mais desfavorecidas do sul europeu, tendo por base processos de inovação.
“O que este encontro tem de inovador é que, pela primeira vez, os três países preparam intervenções conjuntas, que vão resultar em recomendações para a Comissão Europeia e para os próprios países”, diz o presidente da Cotec Portugal, Artur Santos Silva (cada uma das três Cotec tem um presidente honorário e um “efectivo”). “Ao nível dos recursos comunitários, vamos discutir o que podemos esperar e como podemos influenciar que os fundos sejam bem utilizados na inovação”, completa.
Ainda ao nível das recomendações, o desenvolvimento industrial nos três países é igualmente um dos focos e será discutido com as palavras viradas para as tecnologias limpas. A Cotec Europa afirma que a partir do momento em que a Comissão Europeia assumiu “como prioridade de acção as alterações climáticas”, o encontro de Nápoles pretende especificar os desafios e as oportunidades que se colocam no desenvolvimento industrial nos países da Europa do Sul,”tendo por base estratégias de utilização eficiente de energia e tecnologias limpas”.
“Queremos reflectir a sustentabilidade ao nível da energia e dos transportes. Vamos procurar fazer recomendações para os países participantes e novamente para a Comissão Europeia”, refere Artur Santos Silva. Refira-se que um dos painéis previstos a este nível prevê o envolvimento de António Mexia.
O debate de Nápoles, que é o quarto encontro da Cotec Europa, prevê ainda mais dois níveis de discussão: as métricas de inovação e os desafios que os países BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) colocam à Europa do Sul.
“Também aqui há dois níveis de discussão”, começa por argumentar o director-geral da Cotec Portugal, Rui Guimarães, ao falar especificamente sobre os BRIC. “Se, por um lado, estamos a falar de países que podem ser uma ameaça ao nível do desenvolvimento económico e tecnológico, também estamos a falar, por outro lado, de novas portas que se abrem”, remata o responsável.
Finalmente, no que concerne às métricas de inovação, Artur Santos Silva conta que as Cotec querem apresentar propostas de melhoria dos indicadores que reflectem a realidade de cada um dos três sistemas de inovação. “Tem que haver uma adequação dos indicadores aos países, para melhorar não só a leitura dos mesmos, mas para permitir o ajuste de políticas”, conclui o presidente da Cotec.
Promover a inovação através do sector privado
O encontro que hoje se realiza em Nápoles, e os três que o antecederam, dá forma a um projecto que tem origens na década de 90.
A primeira organização Cotec nasceu em Espanha no final do século passado, sendo assim a progenitora das congéneres italiana (surgiu em 2001) e portuguesa (criada em 2003). Por trás de cada umas das três Cotec, que formam em conjunto a Cotec Europa, está o desígnio de promover a inovação através do sector privado.
A este propósito, por exemplo, o presidente da Cotec Portugal indica que o investimento privado português em investigação, desenvolvimento e inovação é o terceiro que mais cresceu na Europa.
De regresso ao encontro de hoje, Artur Santos Silva explica que as reuniões das três Cotec também servem para potenciar contactos empresariais, tendo em conta que os associados de cada uma das três estruturas são algumas das maiores empresas portuguesas, espanholas e italianas. Antes de Napóles, Portugal foi o anfitrião do encontro das Cotec europeias, já que a organização destes eventos é rotativa.
A Cotec Europa está reunida em Nápoles para apresentar recomendações à Comissão Europeia sobre a aplicação dos fundos estruturais no Sul da Europa e os chefes de Estado de cada uma das delegações presentes – a portuguesa, a espanhola e a italiana – são o topo hierárquico de uma estrutura que se quer fazer ouvir por Durão Barroso e companhia. Um das estratégias em cima da mesa é dirigir os novos fundos comunitários para os pressupostos da Agenda de Lisboa.
“O que este encontro tem de inovador é que, pela primeira vez, os três países preparam intervenções conjuntas, que vão resultar em recomendações para a Comissão Europeia e para os próprios países”, diz o presidente da Cotec Portugal, Artur Santos Silva (cada uma das três Cotec tem um presidente honorário e um “efectivo”). “Ao nível dos recursos comunitários, vamos discutir o que podemos esperar e como podemos influenciar que os fundos sejam bem utilizados na inovação”, completa.
Ainda ao nível das recomendações, o desenvolvimento industrial nos três países é igualmente um dos focos e será discutido com as palavras viradas para as tecnologias limpas. A Cotec Europa afirma que a partir do momento em que a Comissão Europeia assumiu “como prioridade de acção as alterações climáticas”, o encontro de Nápoles pretende especificar os desafios e as oportunidades que se colocam no desenvolvimento industrial nos países da Europa do Sul,”tendo por base estratégias de utilização eficiente de energia e tecnologias limpas”.
“Queremos reflectir a sustentabilidade ao nível da energia e dos transportes. Vamos procurar fazer recomendações para os países participantes e novamente para a Comissão Europeia”, refere Artur Santos Silva. Refira-se que um dos painéis previstos a este nível prevê o envolvimento de António Mexia.
O debate de Nápoles, que é o quarto encontro da Cotec Europa, prevê ainda mais dois níveis de discussão: as métricas de inovação e os desafios que os países BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) colocam à Europa do Sul.
“Também aqui há dois níveis de discussão”, começa por argumentar o director-geral da Cotec Portugal, Rui Guimarães, ao falar especificamente sobre os BRIC. “Se, por um lado, estamos a falar de países que podem ser uma ameaça ao nível do desenvolvimento económico e tecnológico, também estamos a falar, por outro lado, de novas portas que se abrem”, remata o responsável.
Finalmente, no que concerne às métricas de inovação, Artur Santos Silva conta que as Cotec querem apresentar propostas de melhoria dos indicadores que reflectem a realidade de cada um dos três sistemas de inovação. “Tem que haver uma adequação dos indicadores aos países, para melhorar não só a leitura dos mesmos, mas para permitir o ajuste de políticas”, conclui o presidente da Cotec.
Promover a inovação através do sector privado
O encontro que hoje se realiza em Nápoles, e os três que o antecederam, dá forma a um projecto que tem origens na década de 90.
A primeira organização Cotec nasceu em Espanha no final do século passado, sendo assim a progenitora das congéneres italiana (surgiu em 2001) e portuguesa (criada em 2003). Por trás de cada umas das três Cotec, que formam em conjunto a Cotec Europa, está o desígnio de promover a inovação através do sector privado.
A este propósito, por exemplo, o presidente da Cotec Portugal indica que o investimento privado português em investigação, desenvolvimento e inovação é o terceiro que mais cresceu na Europa.
De regresso ao encontro de hoje, Artur Santos Silva explica que as reuniões das três Cotec também servem para potenciar contactos empresariais, tendo em conta que os associados de cada uma das três estruturas são algumas das maiores empresas portuguesas, espanholas e italianas. Antes de Napóles, Portugal foi o anfitrião do encontro das Cotec europeias, já que a organização destes eventos é rotativa.