As acções da italiana Autostrade subiram para um nível 15% acima do preço proposto na Oferta Pública de Aquisição (OPA) de 7,9 mil milhões de euros, ou 9,50 euros por título efectuada pela Schmaventotto, empresa da família Benetton onde a Brisa detém 0,5%.

As acções da maior concessionária de auto-estradas da Europa abriram a cotar nos 9,60 euros, 14% acima do valor proposto pela OPA, no maior ganho diário da empresa nos últimos dez anos. Os títulos da concessionária têm a segunda melhor performance do índice italiano MIBTEL.

As acções da Autostrade foram suspensas na quinta-feira, à espera do anúncio, tendo regressado hoje à negociação A Edizione, a «holding» da família Benetton, através da subsidiária Schmaventotto, fez uma proposta de 7,9 mil milhões de euros por 70% da Autostrade.

Esta aquisição faz parte da estratégia de diversificação da Benetton que pretende alargar os seus negócios além da comercialização de roupa e permite a entrada indirecta da Brisa no mercado italiano. A Schmaventotto, controlada em 60% pela Benetton, tem como parceiros o banco Unicredito Italiano, com 6,67%, a Brisa [BRISA] com 0,5% e a Acesa, que detém 12,83%.

Os títulos das concessionárias de auto-estradas europeias têm realizado uma das melhores «performances» dos mercados accionistas europeus porque geram retorno estável mesmo com as economias em desaceleração, segundo os analistas.

Desde o início do ano, as acções da Autostrade ganharam 41% contra uma desvalorização de 23% do índice italiano.

As acções da Autostrade seguiam a valorizar 15,04% para os 9,56 euros, enquanto os títulos da Brisa ganhavam 1,55% para os 5,23 euros.