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Brisa comunicou a Lula preocupações sobre concessionária no Paraná
Vasco de Mello, presidente da Brisa, revelou hoje que transmitiu ao presidente brasileiro Lula da Silva as suas «preocupações sobre a questão da concessionária da CCR no estado do Paraná» (Rodonorte) aquando da visita do chefe de Estado brasileiro a Portu
Vasco de Mello, presidente da Brisa, revelou hoje que transmitiu ao presidente brasileiro Lula da Silva as suas «preocupações sobre a questão da concessionária da CCR no estado do Paraná» (Rodonorte) aquando da visita do chefe de Estado brasileiro a Portugal, em Julho de 2003.
Estas declarações foram proferidas num encontro informal com jornalistas ocorrido no âmbito das 32ª Jornadas da ASECAP – Associação das Sociedades Europeias Concessionárias de Auto-estradas com Portagem.
Escusando-se a revelar os pormenores dessa conversa, o presidente da Brisa adiantou que, nessa ocasião, «transmitimos ao presidente Lula as nossas preocupações, nomeadamente em relação ao Paraná, onde se fala em pôr em causa as relações contratuais estabelecidas, o que é sempre um factor de perturbação e de preocupação muito grande».
O presidente da Brisa acrescentou que Lula da Silva «nos ouviu atentamente, confirmou a vontade de que se reforçasse o investimento no Brasil dos investidores europeus, nomeadamente dos portugueses, e que, nesse sentido, defendeu que se cumprisse a legislação e as relações contratuais estabelecidas».
O presidente da Brisa referiu aidna que tem havido «vários contactos com membros do Governo brasileiro, muita conversa».
Márcio José Batista, vice-presidente da CCR, confirmou que, do lado da concessionária brasileira, diversos accionistas da CCR entraram em conversação com o próprio governo do estado do Paraná, mas reconhececeu que os diversos contactos e iniciativas «têm sido muito difíceis».
Márcio José Batista resumiu o assunto a uma frase: «obrigar à redução de tarifas sem proceder ao reequilíbrio financeiro é inaceitável».
A questão da Rodonorte foi levantada pelo governador do estado do Paraná, em 2002, obrigando à redução de tarifas, numa primeira fase, e à expropriação da concessão, numa fase posterior. O caso está a correr as várias instâncias jurídicas brasileiras e ainda não há decisão à vista.