Os 10% de queda que o principal índice bolsista do Egipto marcou no dia 27 de Janeiro levaram ao fecho da bolsa do país. O motivo passava por impedir a tendência de venda que se verificava com os protestos no país para a demissão do presidente Mubarak. Apontou-se 13 de Fevereiro para a abertura do mercado. Houve uma série de adiamentos e deveria ter voltado ao activo no dia de hoje. Mas um novo protelar da data aconteceu e espera-se agora que a bolsa volte a negociar no domingo, 6 de Março.

O objectivo é impedir a provável “onda” de venda de activos, como classificou o “The Wall Street Journal”. “A negociação será adiada até domingo para ajudar aqueles que estão no mercado a beneficiarem do apoio governamental e para dar aos clientes a oportunidade de verem os dados das empresas cotadas”, refere uma declaração da bolsa.

O seu presidente, Khaled Seyam, defendeu que a “confiança dos investidores é uma grande preocupação” e que as circunstâncias “excepcionais” que vão enfrentar levam a que tentem dar “oportunidades iguais a todos os investidores".

Quando foi anunciado o dia de hoje para a abertura da bolsa aos investidores, o primeiro-ministro Ahmed Shafiq afirmou que qualquer mudança na data seria “um perigo para a reputação e credibilidade da bolsa e para a sua capacidade de atrair investidores e empresas no longo prazo”, cita a Bloomberg.

Seja em qualquer dos dias em que comece a funcionar, haverão alguns condicionalismos para permitir a normalização do mercado, que foram definidos pela Autoridade de Regulação Financeira do Egipto. Se o índice EGX 100 chegar a valorizar ou deslizar mais de 5%, a bolsa será interrompida por 30 minutos. Se a apreciação ou depreciação for superior a 10%, a bolsa será mesmo encerrada naquela sessão.