Os conselhos de administração do Banco Espírito Santo (BES) e do Banco Português de Investimento (BPI) chegaram a acordo para a realização de uma fusão. A transacção será realizada através da troca de 692 novas acções do BPI por cada 100 acções existentes do BES. Como resultado da operação, os actuais accionistas do BES e do BPI passarão a deter 59% e 41%, respectivamente da nova entidade, denominada BES.BPI.

Segundo um comunicado conjunto das duas instituições, «a fusão do BES e do BPI cria a maior instituição financeira portuguesa cotada em Bolsa, fortemente posicionada para capitalizar as tendências de rápida consolidação no sector bancário europeu».

A entidade resultante da fusão ocupará uma posição cimeira no mercado bancário português. Segundo a mesma fonte, «será líder na banca comercial, com uma quota de mercado estimada entre 22% e 25%, na banca de investimento e no «private banking». Ao nível de sucursais, o BES.BPI também será líder com 1.149 balcões, que continuarão a operar sob marcas separadas em Portugal.

Na base do rácio de troca proposto, o BPI realizará um aumento de capital através da emissão de 813,1 milhões de novas acções, que somadas às 565 milhões já existentes totalizarão 1.378,1 milhões de acções BPI.

Este novo grupo financeiro, que terá um montante de activos de 40,48 mil milhões de euros (8,11 mil milhões de contos), aponta «a liderança, o crescimento e a rentabilidade como os principais objectivos desta fusão». Esta fusão recebeu já a aprovação dos accionistas de referência das duas instituições.

As acções dos dois grupos continuam suspensas de negociação na Bolsa de Valores de Lisboa (BVL).