Notícia
Bélgica confirma o encerramento de sete reatores nucleares até 2025
A Bélgica encerrará os seus atuais sete reatores nucleares até 2025, mas não vai fechar as portas a uma nova geração de energia nuclear, segundo um acordo alcançado entre os parceiros da coligação governamental.
23 de Dezembro de 2021 às 10:41
A Bélgica encerrará os seus atuais sete reatores nucleares até 2025, mas não vai fechar as portas a uma nova geração de energia nuclear, segundo um acordo alcançado esta quinta-feira entre os parceiros da coligação governamental.
Uma fonte do Governo confirmou à agência de notícias AFP que este acordo foi alcançado após uma noite de negociações.
O pacto prevê "um investimento de cerca de 100 milhões de euros na investigação de pequenos reatores modulares" (SMR), afirmou a fonte.
Uma conferência de imprensa está marcada para a manhã de hoje na sede da chancelaria belga para detalhar o acordo.
A eliminação gradual da energia nuclear está consagrada na lei na Bélgica desde 2003. O último prazo para o encerramento é o ano de 2025, uma data que o atual Governo se comprometeu a respeitar quando tomou posse em outubro de 2020.
Entretanto, a questão divide a coligação governante, que agrupa principalmente liberais (incluindo a formação do primeiro-ministro, Alexander De Croo), socialistas e ambientalistas.
Durante um mês, os liberais francófonos do Movimento Reformador (MR), um dos sete partidos da coligação, alertaram para o cenário de um abandono total defendido pela ministra da Energia, a ecologista flamenga Tinne Van der Straeten.
O MR pediu a manutenção de parte das capacidades nucleares atuais, argumentando, em particular, que as novas centrais a gás planeadas para garantir o fornecimento de energia são muito poluentes e geram dióxido de carbono (CO2). A energia nuclear representa cerca de 40% da eletricidade produzida na Bélgica.
No final, o acordo conseguido dentro do restrito Conselho de Ministros (o "kern", com um representante de cada uma das sete partes) estipula que a Bélgica investirá "em investigação sobre energias sustentáveis e neutras em CO2" e inclusive na energia nuclear do futuro (SMR), segundo o canal francófono RTBF.
O orçamento para investir nesse tipo de tecnologia já estava planeado, disse fonte do Governo à AFP.
Globalmente, o compromisso obtido mantém o "cenário A" da ministra da Energia.
"O acordo confirma o mecanismo de investimento posto em prática para substituir o atual modelo nuclear que está obsoleto", disse a mesma fonte.
Uma fonte do Governo confirmou à agência de notícias AFP que este acordo foi alcançado após uma noite de negociações.
Uma conferência de imprensa está marcada para a manhã de hoje na sede da chancelaria belga para detalhar o acordo.
A eliminação gradual da energia nuclear está consagrada na lei na Bélgica desde 2003. O último prazo para o encerramento é o ano de 2025, uma data que o atual Governo se comprometeu a respeitar quando tomou posse em outubro de 2020.
Entretanto, a questão divide a coligação governante, que agrupa principalmente liberais (incluindo a formação do primeiro-ministro, Alexander De Croo), socialistas e ambientalistas.
Durante um mês, os liberais francófonos do Movimento Reformador (MR), um dos sete partidos da coligação, alertaram para o cenário de um abandono total defendido pela ministra da Energia, a ecologista flamenga Tinne Van der Straeten.
O MR pediu a manutenção de parte das capacidades nucleares atuais, argumentando, em particular, que as novas centrais a gás planeadas para garantir o fornecimento de energia são muito poluentes e geram dióxido de carbono (CO2). A energia nuclear representa cerca de 40% da eletricidade produzida na Bélgica.
No final, o acordo conseguido dentro do restrito Conselho de Ministros (o "kern", com um representante de cada uma das sete partes) estipula que a Bélgica investirá "em investigação sobre energias sustentáveis e neutras em CO2" e inclusive na energia nuclear do futuro (SMR), segundo o canal francófono RTBF.
O orçamento para investir nesse tipo de tecnologia já estava planeado, disse fonte do Governo à AFP.
Globalmente, o compromisso obtido mantém o "cenário A" da ministra da Energia.
"O acordo confirma o mecanismo de investimento posto em prática para substituir o atual modelo nuclear que está obsoleto", disse a mesma fonte.