A Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD), conhecida por banco de fomento, vai lançar na próxima semana os concursos para vários operadores privados co-investirem em instrumentos de capitalização das empresas, avançou o novo ministro da Economia, Miguel Morais Leitão, ao Diário Económico.

Em entrevista, o responsável adianta que em causa estão 147 milhões de euros, prevendo que "o investimento de particulares e empresas irá alavancar esse valor disponibilizado pela IFD para um total de cerca de 300 milhões de euros".

Como explica, "este fundo de capital e quase capital vai ser lançado com três tranches: uma para 'business angels', à qual são alocados 26 milhões de euros, uma tranche de capital de risco, a que são alocados 100 milhões de euros, e uma tranche de capital reversível de 20 milhões de euros. 

Para o ministro, "sem uma capitalização forte das empresas portuguesas é difícil de continuar o ritmo de crescimento que temos d éter e criar emprego".

Miguel Morais Leitão adiantou ainda ao jornal que nos próximos dois meses será possível a IFD aceder às verbas do Banco Europeu de Investimento (BEI). Segundo diz, esta é agora "uma questão quase processual e que no decurso dos próximos um a dois meses seria possível de conseguir".

O ministro disse também que Portugal não apresentou ainda candidaturas ao Plano Juncker, garantindo que apesar dos atrasos na constituição da IFD Portugal "está perfeitamente a tempo" de aproveitar o plano que pretende injectar até 315 milhões de euros na economia europeia.