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AstraZeneca aponta à Gilead para mega-fusão de farmacêuticas

A farmacêutica britânica abordou a Gilead, no mês passado, sobre uma possível fusão, que ficaria entre as dez maiores fusões e aquisições de sempre.

Reuters
07 de Junho de 2020 às 17:57
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A AstraZeneca mostrou interesse em avançar com uma fusão com a norte-americana Gilead, um negócio que, a confirmar-se, seria o maior de sempre da indústria farmacêutica.

De acordo com a Bloomberg, que cita fontes próximas das empresas, no mês passado, a AstraZeneca fez uma aproximação inicial à rival Gilead sobre uma fusão, sem especificar, contudo, os termos do possível negócio.

A Gilead debateu o tema com assessores, mas iniciou conversações formais com a farmacêutica britânica, de acordo com as mesmas fontes, que explicam que a empresa norte-americana está agora focada em parcerias e pequenas aquisições.

Avaliada em 140 mil milhões de dólares, cerca de 124 mil milhões de euros, a AstraZeneca é a maior farmacêutica do Reino Unido em termos de capitalização de mercado, e tem no seu portefólio tratamentos para o cancro e doenças cardiovasculares.

Já a Gilead está avaliada em 96 mil milhões de dólares e foi a responsável pelo desenvolvimento do Remdesivir, um medicamento que recebeu recentemente luz verde nos Estados Unidos para o uso em pacientes com covid-19.

De acordo com os dados compilados pela Bloomberg, se este negócio avançasse ultrapassaria a fusão entre a Bristol-Myers Squibb e a Celgene, no ano passado, como a maior aquisição de sempre no setor das farmacêuticas. Além disso, ficaria entre as 10 maiores fusões e aquisições da história.


As ações da AstraZeneca valorizaram cerca de 41% no último ano, enquanto as da Gilead subiram 19% no mesmo período, a beneficiar dos avanços registados com o Remdesivir, que tem atraído a atenção dos investidores.

Este medicamento, que tem uma autorização de uso de emergência da U.S. Food and Drug Administration, demonstrou em alguns estudos iniciais que reduz a internação hospitalar de pessoas com covid-19. O SVB Leerink previu recentemente que as vendas do medicamento podem chegar a 7,7 mil milhões de dólares em 2022.

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