A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo e a Confederação do Turismo de Portugual estão satisfeitas com a eliminação das taxas autárquicas sobre as dormidas, uma alínea que constava na proposta de orçamento de Estado para 2005.

«Acabo de confirmar com o presidente do Grupo parlamentar do PSD a proposta de eliminação da alínea g» que colocava a possibilidade das autarquias introduzirem uma taxa sobre as estadias em estabelecimentos hoteleiros, conta Atílio Forte, à margem do XXX Congresso da APAVT, em Florianópolis.

O responsável afirma que «é um momento de respirar fundo, mais do que de satisfação», uma vez que esta alínea nunca deveria ter constado no OE para 2005.

Para Vitor Filipe, presidente da APAVT, esta alteração «foi importantíssima» revelando que já tinha conhecimento «que na Madeira o Governo Regional não queria [a referida taxa] e os municípios do Algarve também não».

No entanto, caso este ponto se mantivesse no OE, para o presidente da APAVT «numa situação de aperto, podia haver alguns municípios que a podiam utilizar».

Atílio Forte mostrou-se ainda critico quanto a esta situação. Para o responsável da CTP «esta não é uma vitória porque esta medida nunca deveria ter configurado no OE», acrescentando que «o turismo foi mal tratado com esta proposta e o sector não foi considerado como um desígnio nacional».

A CTP ainda não está descansada quanto ao futuro, uma vez que segundo a leitura do seu presidente «nada nos garante que esta proposta não ressurgirá».