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Anglo American rejeita terceira proposta de compra da BHP mas deixa porta aberta a negociação

A mineira britânica continua a identificar vários problemas de execução e grandes riscos para os seus acionistas na diluição das suas participações na Anglo American Platinum e na Kumba Iron Ore.

Bloomberg
22 de Maio de 2024 às 17:19
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À terceira (ainda) não foi de vez. A Anglo American voltou a rejeitar uma nova oferta pública de aquisição (OPA) da australiana BHP, mas concordou em aumentar em uma semana o prazo que a rival tem para apresentar aquela que será a quarta oferta de compra sobre a mineira britânica. Desta vez, a proposta da BHP valorizava a Anglo American em 38,6 mil milhões de libras - mais 4,6 mil mihões do que na última oferta

De forma a defender-se da OPA da BHP, a Anglo American já tinha anunciado que iria proceder ao seu próprio "desmembramento", através da venda ou cisão das suas empresas menos rentáveis de exploração de diamantes, platina, níquel e de mineração de carvão, focando-se apenas no seus negócios de ferro, nutrientes agrícolas e cobre. 

No entanto, com a mineira britânica a concordar em estender o prazo para a BHP apresentar uma nova proposta, a mineira australiana ganha assim "esperanças" para aquela que seria a maior aquisição de sempre no setor mineiro seja finalmente concretizada. Mike Henrym, CEO da BHP, afirmou que a empresa está "expectante para negociar com a administração da Anglo American de forma a explorarem esta oportunidade única" para unir duas das maiores mineiras a nível global. 

A estratégia da expansão da BHP passa pela exploração do cobre, que é essencial para a transição energética e que já viu os seus preços subirem em mais de 15% nos mercados mundiais, desde o início do ano. A Anglo American tem ativos valiosos de cobre no Chile e no Perú e a BHP pretende adquiri-los. 

Tal como nas últimas duas propostas, esta oferta inclui ainda um "spin-off" das unidades sul-africanas da Anglo American e obrigaria a que a participação da mineira britânica na Anglo American Platinum e na Kumba Iron Ore - ambas na Àfrica do Sul, onde a BHP não tem ativos - fosse diluída pelos seus acionistas. A Anglo reiterou que esta condição imposta pela BHP acarta consigo grandes problemas de execução e grandes riscos sobre os seus acionistas.

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