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Amorim assume presidência da Galp e inaugura nova etapa na petrolífera

O empresário Américo Amorim assume hoje a presidência do conselho de administração da Galp, numa altura em que pretende reforçar o seu poder accionista na petrolífera nacional, podendo vir a ter uma participação até aos 48,34%.

24 de Abril de 2012 às 07:53
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Aos 77 anos, o homem mais rico de Portugal venceu mais uma batalha ao conseguir derrotar as pretensões da ENI de ter a maioria do capital da Galp, com um acordo que prevê a saída dos italianos no prazo de um ano.

A eleição do conselho de administração da petrolífera para o triénio 2012-14, o primeiro ponto da assembleia-geral de accionistas, que se realiza hoje, prevê a reeleição de Manuel Ferreira de Oliveira na presidência executiva da empresa, que está em gestão desde Dezembro de 2010.

A proposta dos accionistas de referência - Amorim Energia, Eni e Caixa Geral de Depósitos -- para o conselho de administração reforça a presença de elementos ligados a Américo Amorim, como a filha, Paula Ramos Amorim, e Diogo Mendonça Tavares, vogal do grupo Amorim.

Na lista, surgem também novos nomes como o de Vítor Bento, conselheiro de Estado e presidente da SIBS, e o do antigo secretário de Estado do Tesouro de José Sócrates, CarlosCosta Pina, actualmente na Ongoing.

Outra novidade é a proposta para vogal do administrador da Sonangol Baptista Sumbe, que representa a empresa angolana no Conselho de Remunerações do BCP.

A alteração dos estatutos da Galp Energia é outro ponto da agenda da reunião magna, bem como o alargamento, para quatro anos, dos mandatos em curso do conselho fiscal, do Revisor Oficial de Contas (ROC) e da comissão de remunerações.

Segundo a proposta enviada ao regulador do mercado, o conselho de administração da Galp Energia vai ser alargado, passando a ser composto por 19 a 23 administradores, quando actualmente tem 17 elementos.

Um dos administradores poderá ser proposto por accionistas que, "por si ou agrupados com outros para o efeito, sejam titulares de uma participação no capital social com direito de voto de, no mínimo 10 por cento e, no máximo 20 por cento" do capital.

Também o número mínimo de administradores da comissão executiva vai ser aumentado, de três para cinco, podendo esta ser constituída por "cinco, seis ou sete administradores com reconhecidas competências de gestão de empresas", quando os estatutos em vigor previam que tivesse "três a sete administradores".

Na segunda-feira, a Galp Energia fechou a desvalorizar 3,77 por cento, para 10,59 euros, o valor mais baixo desde Setembro de 2009.
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