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Agência nuclear francesa pretende vender 25% da Areva
A agência nuclear francesa pretende alienar 25% da sua posição no capital da Areva, empresa que disputou com a Martifer e a Suzlon a compra da REpower. O objectivo desta venda é o de angariar fundos para desmantelar antigas unidades nucleares e fornecer à
A agência nuclear francesa pretende alienar 25% da sua posição no capital da Areva, empresa que disputou com a Martifer e a Suzlon a compra da REpower. O objectivo desta venda é o de angariar fundos para desmantelar antigas unidades nucleares e fornecer à empresa meios para que esta possa expandir-se.
O Commissariat a l’Energie Atomique (CEA), que controla 79% do capital da Areva, necessita de encaixar uma soma de mais de 5 mil milhões de euros com a venda de parte da posição da empresa, fundos que serão utilizados na desactivação de antigas unidades nucleares da companhia.
A Areva, que concorreu com a portuguesa Martifer e a indiana Suzlon à compra da REpower, precisa igualmente de ganhar "músculo financeiro para expandir os seus negócios de extracção de urânio e embarcar no reavivar global da energia nuclear", afirma a agência nuclear francesa em comunicado citado pela Bloomberg.
A venda de 25% do capital da Areva permitiria o encaixe dos 5 mil milhões de euros necessários, com base no valor de mercado da companhia a 31 de Dezembro do ano passado. Segundo a Bloomberg, o Estado francês, que detém 93,4% da Areva (incluindo os 79% do CEA) terá a palavra final acerca da venda da participação.
Alain Bugat, membro da administração do CEA, afirmou à agência noticiosa que o Estado pretende manter uma "golde share", ou um mecanismo equivalente, em unidades que são de importância estratégica para a França. A Areva está incluída neste lote de companhias.