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Accionistas aprovam Ernâni Lopes para presidente da Portugal Telecom (act)

Ernâni Lopes assumiu a presidência do conselho de administração da Portugal Telecom (PT) em substituição de Murteira Nabo, que liderou os destinos da operadora nos últimos sete anos, com aprovação dos accionistas em assembleia geral.

04 de Abril de 2003 às 20:44
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(actualiza com declarações de Miguel Horta e Costa)

O professor Ernâni Lopes assumiu a presidência do conselho de administração da Portugal Telecom (PT) em substituição de Murteira Nabo que liderou os destinos da operadora nos últimos sete anos, com aprovação dos accionistas em assembleia geral que mantiveram Miguel Horta e Costa como CEO.

Os accionistas votaram a favor da lista apresentada para a composição dos órgãos sociais para o triénio 2003 a 2005 que constava no último ponto da ordem de trabalhos da AG anual da PT [PTC] realizada esta tarde, disse fonte oficial da PT, acrescentando que todos os pontos da AG foram aprovados.

Ernâni Lopes, Henrique Granadeiro, o embaixador Gerald S. McGowan, Peter Golop, Nuno Silvério Marques, Thomaz Paes de Vasconcelos e Blanco de Morais são as novidades no novo conselho de administração da operadora de telecomunicações.

O CA passa de 19 elementos para 23 administradores, com a nomeação de hoje.

Granadeiro substituirá Manuel Serzedelo, ex-presidente do Banco Espírito Santo Investimento (BESI) que pediu a sua demissão na sequência das suspeitas de «inside trandig», ou abuso de informação privilegiada, na compra de acções da PT Multimedia antes do destaque das operações de Internet para a «holding» PT.

Com a entrada de Gerald S. McGowan, que foi embaixador dos Estados Unidos em Portugal e produziu estudos sobre o sector das telecomunicações e de Peter Golop, que foi banqueiro senior da Merrill Lynch e UBS Warburg, liderando as equipas de telecomunicações, a operadora quer dar uma visão internacional às decisões do grupo.

No âmbito do modelo de «governance» para dar maior credibilidade à empresa, o novo CA da PT vai integrar Nuno Silvério Marque e Thomaz Paes de Vasconcelos que também vão exercer funções na nova comissão de auditoria. Estes novos administradores são tidos como independentes de qualquer accionista da operadora.

Carlos Blanco de Morais é outro dos novos administradores que se mantém ligado ao actual partido do Governo e lecciona direito, enquanto Vítor Dias acompanha Nabo e Serzedelo na saída do CA da PT.

A PT tem ainda uma comissão de ética, de governance e de estratégia.

Miguel Horta e Costa referiu que o novo presidente do CA da PT «é hoje uma referência que tem créditos firmados em vários campos e é para a PT uma grande honra tê-lo como presidente».

Sobre a saída do presidente da Cotec, o presidente executivo da PT afirmou que «fiz-lhe uma homenagem. Ligam-me a Murteira Nabo, lanços muito fortes de relacionamento profissional e não posso esquecer a forma excepcional como ele me passou a pasta há 21 anos atrás quando lhe sucedi como presidente da Marconi e curiosamente vim a suceder, no ano passado, na presidência executiva da PT».

Executivos mantém funções no próximo mandato

A comissão executiva vai manter-se liderada por Miguel Horta e Costa. A primeira decisão do novo CA será a nomeação da comissão executiva.

Além de Miguel Horta e Costa, também Zeinal Bava, Carlos Vasconcellos Cruz, Iriarte Esteves e Paulo Fernandes serão novamente nomeados para funções executiva da PT.

AG aprova dividendo e contas de 2002

O CA da PT apresentou aos accionistas a proposta de um dividendo de 16 cêntimos por acção relativo ao exercício de 2002, o que representa um acréscimo de 60% face ao verificado o ano passado.

Os accionistas aprovaram esta proposta que implica o pagamento de dividendos de 200,7 milhões de euros e um «pay out» de 51,3%.

No final de 2002, a PT registou lucros de 391,1 milhões de euros. As acções da empresa fecharam a subir 2,75% para os 6,72 euros.

Por Bárbara Leite

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