Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Covid-19 leva Sonaecom a registar prejuízos de 4,5 milhões

Os prejuízos registados pela Nos, onde é acionista através da Zopt, atiraram a Sonaecom para prejuízos no primeiro trimestre. A empresa revela que "a Zopt está adotar os procedimentos necessários ao levantamento do arresto" do capital social da Nos.

Sonaecom
11 de Maio de 2020 às 18:10
  • ...

A Sonaecom teve prejuízos de 4,5 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, um valor que compara com o resultado líquido positivo de 11,1 milhões obtido em igual período do ano anterior. Este resultado espelha os prejuízos de 10 milhões de euros da Nos, operadora onde a empresa do grupo Sonae é a maior acionista, a par com a empresária Isabel dos Santos, através da Zopt.

Em comunicado emitido à CMVM, a Sonaecom explica que as suas operações foram afetadas pela crise da covid-19 "em níveis muito diferentes", destacando os resultados da Nos bem como a atividade do jornal Público, detido a 100% pela empresa, que foi também impactada pela queda de venda de jornais, pelo fecho da maioria dos pontos de venda, bem como pela redução das receitas publicitárias.

Na área de tecnologia, onde detém empresas como a S21Sec, a Bizdirect ou a InovRetail, a Sonaecom refere que "não sentiu impactos significativos" decorrentes da pandemia no primeiro trimestre. Porém, deixa o alerta que tendo consciência da "magnitude e do grau de incerteza que um evento desta natureza envolve poderá ter reflexos negativos nos próximos trimestres".

O EBITDA seguiu a mesma tendência tendo sido negativo em 3,3 milhões de euros, explicado pela diminuição dos resultados de equivalência patrimonial e pelos itens não recorrentes. Estes últimos foram superiores a 5,2 milhões de euros devido à mais-valia gerada pela venda da Saphety.

No que toca aos resultados de equivalência patrimonial, foram "impulsionados principalmente pelo contributo da Zopt que, por sua vez, depende do resultado líquido da Nos".

No período em análise, o volume de negócios atingiu os 29,4 milhões de euros, o que traduz uma queda de 14,7% em comparação ao primeiro trimestre de 2019. "Esta evolução negativa teve o contributo quer da área de media quer de tecnologia, particularmente esta última, devido ao negócio transacional de produtos terceiras", detalha a empresa no mesmo documento.

Por sua vez, os custos operacionais situaram-se em 32 milhões de euros, o que representa uma redução de 14,2%.

O investimento operacional seguiu a mesma tendência, tendo diminuído para 1,3 milhões de euros.

No comunicado, a Sonaecom relembra que participação de Isabel dos Santos na Zopt foi congelada pelo Tribunal Criminal de Lisboa. Com esta decisão, a  Zopt ficou limitada nos seus direitos de voto e nos direitos de receber dividendos da Nos – onde detém 52,15% do capital.

O arresto é de 26% da participação na Nos, pelo que a Zopt só poderá exercer o direito sobre os outros 26%. E por ter também sido arrastada nesta decisão, a Sonaecom fez logo saber que ia contestar a medida, considerando ilegal a privação dos direitos de voto.

Sobre este tema, no comunicado divulgado esta segunda-feira, a empresa refere que "a Zopt está a adoptar os procedimentos necessários ao levantamento do arresto, tendo já deduzido embargos de terceiro no âmbito do referido processo".

Ver comentários
Saber mais Sonaecom Nos Covid-19 Zopt Sonae
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio