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Real Madrid vence 11ª Liga dos Campeões

Em Lisboa foi no prolongamento que se decidiu o vencedor da Liga dos Campeões. Dois anos depois, em Milão, com as mesmas equipas, foi preciso esperar pelas grandes penalidades. Mas o vencedor foi o mesmo e Ronaldo voltou a ser protagonista.  

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O Real Madrid venceu esta noite, em Milão, a 11º Liga dos Campeões, reforçando o estatuto de "rei" da história da principal competição europeia de clubes de futebol.

 

Foi através da marca de grandes penalidades que os "merengues" derrotaram o Atlético de Madrid, com o penálti decisivo a ser a marcado por Cristiano Ronaldo.

 

Após um empate a uma bola no final do tempo regulamentar, que se manteve no prolongamento, foi preciso esperar pela quinta grande penalidade para encontrar um vencedor. Depois do falhanço de Juan Fran (que fez a assistência para o empate de Ferreira Carrasco na segunda parte) no quarto penálti, o português (que fez um jogo abaixo do habitual) não tremeu na grande penalidade decisiva.

 

O Real ganha assim a sua 11ª final (a segunda em três anos) e o Atlético de Madrid continua fora da lista de campeões europeus após falhar a terceira final (1973/74, 2013/2014 e 2015/2016).

 

Como habitual nos "derby" dos rivais da capital espanhola, o encontro ficou marcado pelo equilíbrio, com o Real a desperdiçar a vantagem conquistada na primeira-parte (golo de Sérgio Ramos), depois de uma segunda metade em que o Atlético fez por merecer (pelo menos) o prolongamento. Griezmann desperdiçou uma grande penalidade no início do segundo tempo, altura em que o Real ainda estava à frente no marcador.

 

Cristiano ergueu mais um troféu, tornando-se o primeiro jogador português a vencer três Ligas dos Campeões (a primeira foi conquistada pelo Manchester United).

 

"Rei" da Europa

 

Ao somar o 11º título, o Real Madrid reforçou assim o estatuto de 'rei' da história da principal competição europeia de clubes de futebol.

 

A formação 'merengue' ganhou as cinco primeiras edições da Taça dos Campeões Europeus (1955/56 a 59/60), voltou a vencer em 1965/66 e, na 'era Champions' (desde 1992/93), triunfou em 1997/98, 1999/2000, 2001/02, com Figo, e 2013/14, na final de Lisboa, com Cristiano Ronaldo, Pepe e Fábio Coentrão.

 

Esta foi a 14ª final do Real Madrid (perdeu apenas três, a última das quais nos anos 80), reforçando a liderança de Espanha, que já era certo ir somar o 16.º ceptro.

 

O conjunto 'merengue' continua assim destacado na liderança do 'ranking' dos campeões europeus. Os 'blancos' somam agora mais quatro títulos do que os italianos do AC Milan, que venceram pela sétima e última vez em 2006/2007, e 'dobram' os ingleses do Liverpool, os alemães do Bayern Munique e os rivais catalães do FC Barcelona, que vencera a final de 2015.

 

Com quatro títulos, seguem os holandeses do Ajax, tricampeões nos anos 70 com o malogrado Johan Cruyff como grande referência. O '14' levaria, depois, como treinador, os catalães ao primeiro ceptro europeu, em 1991/92.

 

O Manchester United e o Inter de Milão, dois clubes que se estrearam como campeões face ao Benfica, venceram a prova por três vezes, sendo que os transalpinos selaram o 'tri', 35 anos depois, sob o comando de José Mourinho.

 

No quarteto que reparte o nono lugar do 'ranking', com dois títulos, seguem dois clubes portugueses, o Benfica, que ganhou em 1960/61 e 61/62, perdendo depois, cinco finais, e o FC Porto, vencedor em 1986/87 e 2003/04.

Cristiano Ronaldo conquistou mais um recorde. Ao vencer a terceira final, é o português com mais Liga dos Campeões
Cristiano Ronaldo conquistou mais um recorde. Ao vencer a terceira final, é o português com mais Liga dos Campeões



Champions vale milhões


Com a vitória nesta noite, o Real Madrid ganha um prémio adicional de 15 milhões de euros. Mas para a liga espanhola o prémio poderá ser bem superior: um novo contrato de patrocínio para o próximo ano no valor de 25 milhões de euros.

O futebol espanhol tem atraído adeptos em todo o mundo, pelo que os executivos da La Liga estão confiantes em captar um novo contrato milionário.

"É a montra perfeita", disse Adolfo Bara, director de marketing da liga espanhola citado pela Bloomberg, antes do encontro. Agora, "quando estamos a vender a La Liga, estamos a dizer que somos o melhor campeonato do mundo", acrescentou.

As equipas espanholas têm marcado presença assídua na Champions, considerada a prova raínha dos clubes europeus. Uma performance que tem elevado as ambições da La Liga de tornar-se uma marca global como a Liga inglesa, cujos direitos televisivos são disputados em vários países.

Para alcançar os valores gerados pela Premier League a La Liga ainda tem muito a percorrer. Com os contratos milionários de direitos televisivos que tem assinado, a liga inglesa vai distribuir 3,5 mil milhões de euros pelos 20 clubes do campeonato inglês, mais do dobro do que os 1,5 mil milhões de euros que os clubes do país vizinho vão encaixar.


Mas a La Liga tem feito o seu caminho. Desde 2013, as receitas de patrocínios mais do que duplicaram passando de 35 milhões para 75 milhões de euros. E o objectivo de Adolfo Bara é atingir os 100 milhões de euros até 2019. Uma meta que a La Liga prevê que seja alcançada a começar pelo novo patrocínio de 25 milhões de euros para a próxima época em substituição do BBVA. Além disso, está à procura de um parceiro para ajudar a exportar o campeonato espanhol para pelo menos 80 países, segundo Adolfo Bara. 

Os passos que a La Liga está a dar foram conseguidos, em grande parte, através da centralização dos direitos desportivos, que arrancou há três anos. Com este passo, a Liga acabou com as disputas entre o Barcelona, o Real e os outros clubes. "O nosso desafio é convencê-los a ter uma abordagem conjunta", confessou Bara.

(notícia actualizada às 22:55 com mais informação) 

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