Uma defesa de 'betão' e um avançado que parece incapaz de falhar lançaram hoje a selecção portuguesa de futebol de sub-17 para a vitória por 2-0 sobre a Holanda e a final do Campeonato da Europa da categoria.

Portugal qualificou-se pela sétima vez para a final da prova, graças à eficácia do ponta-de-lança José Gomes, que inaugurou o marcador aos 25 minutos e reforçou a liderança dos melhores marcadores, com sete golos, e do defesa Diogo Dalot, autor do segundo tento, aos 56.

A 'equipa das quinas', que vai defrontar no sábado o vencedor da outra meia-final, entre a Alemanha e a Espanha, também marcada para hoje, terminou o quinto jogo consecutivo na competição sem sofrer golos, tendo apontado 14, metade dos quais por intermédio de José Gomes.

Portugal não atingia o jogo decisivo desde 2003, ano em que conquistou o último dos seus cinco títulos (1989, 1995, 1996, 2000 e 2003), tendo saído derrotado na discussão do título europeu de sub-17 uma única vez, em 1988, na primeira presença na final, frente à Espanha, possível adversária de sábado.

A selecção lusa ganhou desde cedo ascendente sobre o adversário e o guarda-redes Van De Meulenhof teve de aplicar-se para evitar que Gedson Fernandes inaugurasse o marcador aos 18 minutos, através de um forte remate de fora da área.

A selecção nacional não demorou muito mais tempo para chegar ao golo, marcado aos 25 minutos pelo 'suspeito do costume', o avançado José Gomes, que correspondeu com um colocado desvio de cabeça ao livre 'teleguiado' de Rúben Vinagre.

José Gomes marcou o sétimo golo no Azerbaijão, em cinco jogos (12.º se for contabilizada a fase de qualificação), mais quatro do que o trio de perseguidores, composto pelo alemão Yari Otto, o inglês Reiss Nelson e o espanhol Abel Ruiz.

O avançado do Benfica esteve perto de 'bisar' pouco depois, mas Van De Meulenhof conseguiu antecipar-se e manter o resultado numa desvantagem tangencial ao intervalo e a segunda parte começou mesmo com um livre perigoso da selecção 'laranja'.

O sonho holandês de atingir a final da prova pela sexta vez ficou praticamente desfeito aos 56 minutos, quando o lateral Diogo Dalot contornou Malacia e, contrariando a expectativa de Van De Meulenhof, que se adiantou à espera de um cruzamento, estreando-se a marcar no torneio de ângulo improvável.