Os clubes de futebol pagaram em 2023 a maior verba de sempre em serviços de intermediação em transferências de jogadores: 807 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 42,5% face ao ano anterior.

Luís Villas-Boas Pires, que está na FIFA desde 2017 e é Head of Agents desde 2019, acredita que os montantes das comissões pagas está muito acima dos valores que surgem nos relatórios.

Isto porque, adianta o responsável, a verba ilustrada no relatório só inclui montantes liquidados em transferências internacionais.

"Não são só os 800 milhões. Desde 2013 estamos a falar de 5,6 mil milhões de dólares pagos a agentes só por clubes em transferências internacionais", detalha Luís Villas-Boas Pires no programa Negócios Record, que estará disponível esta segunda-feira.

"O que é que eu quero dizer com isto? Qualquer transferência que seja feita, por exemplo, entre dois clubes portugueses, esse valor não está incluído nesses 5,6 mil milhões. Muito menos comissõees pagas por jogadores em renegociações de contratos", enfatiza o responsável da FIFA. 

Neste sexto episódio do Negócios Record, além do total pago aos empresários de futebol, também estiveram em discussão os tectos às comissões , as dificuldades de implementar um regulamento com regras únicas em tantas jurisdições, bem como os conflitos de interesses subjacentes ao atual modelo. A não perder, esta segunda-feira nos sites do Negócios e Record e nas principais plataformas de podcast.